Semana Santa de Braga
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Avaliação do Impacto Económico da Semana Santa 2017

A Semana Santa de Braga teve, em 2017, um impacto económico de 9,5 milhões de euros. Esta é a principal conclusão de um estudo que a Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga encomendou à Universidade do Minho (UMinho) com o objetivo de saber ao pormenor qual a importância deste período para o dinamismo económico da cidade. O estudo, da autoria de uma equipa da Escola e Economia e Gestão (EEG), liderada por João Cerejeira, esclarece que o impacto económico global estimado, durante este período ascende aos 15 milhões de euros, mas destes apenas 9,5 milhões, são diretamente imputáveis à Semana Santa, depois de deduzido o impacto do turismo em Braga durante uma semana normal na mesma época do ano.

 

A avaliação foi ontem apresentada na Sala Capitular da Sé de Braga, tendo sido revistos, ao pormenor, todos os valores a que se chegou com base em dados primários, obtidos através da aplicação de questionários aos visitantes e aos agentes económicos da cidade durante o período da Semana Santa 2017, complementados com informação sobre o impacto mediático do evento.

 

Durante a apresentação João Cerejeira corroborou, com base no referido estudo, a relevância da cidade de Braga enquanto destino de turismo cultural e religioso. «Nós estimamos um efeito global, somando o efeito na restauração, no comércio, mais o impacto mediático, em torno dos 15 milhões de euros, um contributo para o Produto Interno Bruto (PIB) em torno dos 7 milhões de euros e também um acréscimo das receitas fiscais para o Estado em torno dos dois milhões de euros», afirmou.

 

Segundo o investigador, a atividade turística desta semana foi posteriormente comparada com a atividade realizada em outras semanas habituais da vida turística da cidade, tendo-se chegado
à conclusão que o efeito líquido direto imputável à Semana Santa é de 9,5 milhões de euros.

 

Este último valor representa o efeito sobre o volume de negócios e traduz um impacto direto gerado pelas despesas dos visitantes, de cerca de 2,9 milhões de euros, o qual, somados os impactos indiretos e induzidos, aumenta para 7,5 milhões de euros, considerando o efeito global. O diferencial resulta ainda da consideração de um impacto mediático na ordem dos 2 milhões de euros.

 

«Efetivamente são valores muito interessantes e até comparando com outras semanas santas na Península Ibérica, a Semana Santa de Braga não fica muito atrás das outras cidades, pelo contrário», afirmou João Cerejeira, considerando que «por um lado, traz divisas, e por outro, transforma a vida da cidade, tornando-a muito mais ativa, muito mais cosmopolita».

 

O presidente da Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, cónego Luís Miguel Rodrigues, esclareceu que «a Comissão encomendou este estudo com o objetivo de avaliar
e perceber melhor cada componente destas comemorações, qual o seu peso e qual o seu impacto junto da população».

 

«Os resultados são muito favoráveis para nós. Estamos muito agradecidos pelo facto de termos sido capazes de saber prestar este serviço à cidade e à região, sendo este um resultado que nos alegra e também nos responsabiliza», argumenta.

 


Estrangeiros de 30 nacionalidades visitam Braga

O estudo destaca no perfil do visitante o peso dos visitantes estrangeiros (60%), distribuídos por cerca de 30 nacionalidades diferentes, tendo como principais países de origem Espanha (36%) e Brasil e França (6% cada).

 

Destaque ainda para uma significativa proporção de visitantes com idades compreendidas entre os 45 e os 64 anos (45%) e com nível de escolaridade superior (entre 55% nacionais e 73% estrangeiros), que realizam uma despesa média diária de 79 euros.

 

Dos visitantes, 32% são excursionistas, ou seja, não ficam alojados fora da sua residência, e dos turistas 69% pernoitam numa unidade hoteleira, mas apenas 38% numa unidade hoteleira em Braga.

 

João Cerejeira considera, por isso que, havendo dias em que a taxa de ocupação turística dos hotéis ronda os 95%, estes números significam que «há aqui margem de crescimento para a oferta turística em Braga».

 


Semana Santa «é um bom investimento»

O presidente da Comissão da Quaresma, cónego Luís Miguel Rodrigues, considera que cabe às empresas aproveitarem esta margem, uma vez que o que a Comissão pretende com este estudo é «compreender a Semana Santa e fazer com que ela seja participada e vivida da melhor forma».

 

Considera, porém, que estes resultados legitimam o pedido de colaboração que a Comissão tem feito aos empresários e comprovam que «a Semana Santa é, portanto, um bom investimento».

 

 

O estudo completo pode ser baixado aqui

Também está disponível um "Sumário Executivo" aqui.