Apesar de contar apenas 13 anos, João Salvador não é um novato nas procissões da Semana Santa de Braga. Este adolescente bracararense participa nestes cortejos religiosos da Semana Santa há uma década. «Comecei com três anos e, a partir daí, continuei sempre a entrar nas procissões», refere.
João Salvador já integrou as procissões de Ramos, dos Passos, do Ecce Homo (Quinta-feira Santa) e do Enterro do Senhor (Sexta-feira Santa) e confessa que tem particular preferência por estas duas últimas pelo seu simbolismo e também por se realizarem à noite.
Nos primeiros anos representava a figura de príncipe, depois passou a fazer de judeu. Agora participa integrado no agrupamento de Escuteiros.
João aprecia «bastante» o ambiente que se vive nas procissões e já antes de as integrar acompanhava estes cortejos religiosos, a partir da janela de casa.
A tradição e o respeito ao avô são dois factores que o levam todos os anos a viver estas manifestações de fé, que atraem à cidade de Braga na Semana Maior milhares de pessoas vinda de vários pontos do país e também do estrangeiro.
João mora na freguesia da Sé e diz que quase toda a gente desta parte da cidade de Braga acompanha as procissões que antecedem a Páscoa.
Alguns dos seus amigos também apreciam os cortejos religiosos da Semana Santa, os quais, realça, têm vindo a «evoluir pela positiva».
«A organização está melhor, há mais cuidado. Muitas vezes metiam-se os figurados à ultima hora, um pouco à sorte, agora é dado um número a cada um e é mais fácil de organizar», considera.
João realça ainda as melhorias introduzidas nas procissões nos últimos anos como, por exemplo, o novo andor da Irmandade de Santa Cruz, o ano passado.
Quanto ao público que acompanha as procissões, João Salvador afirma que também neste aspeto tem havido uma evolução positiva, nomeadamente de comportamento. «Já não se houve tanto barulho, nem vemos as pessoas a falar umas com as outras. Também já não se vê as pessoas a atravessar as procissões, há mais respeito», sintetiza.