Semana Santa de Braga
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Manuel Oliveira: «Hoje a Semana Santa é mais vivida»

Há mais de 30 anos que Manuel Oliveira, atualmente chefe dos guardiões da Sé, está ligado à Semana Santa de Braga e ao dia a dia da Sé de Braga. «Estamos presentes em todas as missas que fazem parte do Cabido da Sé. Dentro das paredes, zelamos pela segurança das pessoas, deitamos um olho para verificar se há intrusos menos convenientes, orientamos os turistas durante a eucaristia, impedimos as pessoas de tirar fotografias para não interromper o bem-estar dos outros. Esta é a nossa missão», explicou ao Diário do Minho.

 

Atualmente, a Sé de Braga conta com 11 guardiões. «Já fomos 13, mas a idade não ajuda e nem sempre estamos todos», vincou, aproveitando para informar que estão abertas "vagas" para quem quiser vestir a farda.

 

Entrou neste mundo por obra do destino, «quase que numa brincadeira». Depois de um dos filhos se ter tornado acólito ainda em criança e de, mais tarde, ter convencido o irmão a seguir o mesmo caminho, Manuel Oliveira passou a integrar os guardiões quando, a dada altura, foi necessária mais uma pessoa para efetuar uma coleta no peditório. «O meu filho sugeriu-me e foi tudo assim», recordou.

 

Contudo, a sua ligação à Igreja começou mais cedo, quando ainda tinha seis anos de idade e foi acólito na Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus.
Volvidas mais de três décadas, nota mudanças na Semana Santa, sobretudo no que respeita a sua vivência. «Se calhar é mais vivida. Não digo que seja muita mais gente, mas nota-se que há mais pessoas de fora que vivem muito o momento. São pessoas que vêm com o entusiasmo de saber minuciosamente o que querem ver. Não vêm por vir mas porque querem perceber como são as coisas», explicou, sublinhando que esta é uma atitude corrente ao longo do resto do ano.

 

 

[Rubrica em parceria com o jornal Diário do Minho]