Missa Solene do Domingo de Páscoa

12 de abril, domingo de Páscoa, 11h30  |  Sé Catedral

 

Todo o Domingo é um dia pascal, porque simboliza e evoca, no ritmo cristão das semanas, o primeiro dia do mundo novo inaugurado com a Ressurreição de Cristo. O Domingo de Páscoa é, nesse sentido, o paradigma de todos os domingos. Por isso proclama a Liturgia: — «Este é o dia que o Senhor fez! Exultemos e cantemos de alegria!» Por isso também, nele, a Igreja celebra com especial solenidade a Eucaristia, memorial que recorda aquele mistério.

 

 

Visita Pascal das paróquias 

No âmbito da Cidade de Braga, esta visita é revestida de um significado especial.

Vigília Pascal e Coroação da Imagem de Nossa Senhora das Dores

11 de abril, sábado Santo, 21h30  |  Sé Catedral

 

Prática integrada na secular devoção de Nossa Senhora das Dores nesta Basílica. Decorre na noite do Sábado Santo, mais propriamente no final da celebração da Vigília Pascal, momento em que a imagem de Nossa Senhora é coroada, sendo-lhe retiradas as sete espadas em alusão à alegria da ressurreição.

 

Organização: Irmandade de Nossa Senhora das Dores e de Santa Ana dos Congregados

Vigília Pascal e Procissão da Ressurreição

11 de abril, sábado Santo, 21h00  |  Sé Catedral

 

Para a Vigília Pascal convergem todas as celebrações da Semana Santa e mesmo de todo o Ano Litúrgico. Lembrando a grande noite de vigília do povo hebreu no Egipto, aguardando a hora da libertação (Ex 12), nela celebram os cristãos a sua própria redenção pelo mistério da Ressurreição de Cristo. Por ela se realiza a grande Páscoa ou Passagem da morte para a vida ou do estado de perdição para o estado de salvação. É a vitória final de Deus, em Cristo, sobre o pecado, o mal e a própria morte. No plano espiritual, os cristãos apropriam-se da graça desta passagem pelo Batismo. Por isso, a liturgia batismal tem aqui um lugar de destaque.

 

A Vigília Pascal — chamada por Santo Agostinho «a mãe de todas as Vigílias» — é uma soleníssima celebração, muito rica de simbolismo global e de símbolos particulares: as trevas, a luz, a água, o círio pascal, a cor alegre dos paramentos, a explosão de som e luz.

 

 

Integra quatro partes e conclui com a Procissão da Ressurreição:

 

1ª Parte

Liturgia da Luz

Com Cristo ressuscitado, a Luz brilhou nas trevas. O círio pascal, que O simboliza, é benzido, conduzido em procissão e colocado diante da assembleia. Os participantes são convidados a terem nas mãos velas acesas, imitando aqueles servos de que fala o Evangelho (Lc 12, 35-37), os quais esperam, vigilantes, o seu Senhor que os fará sentar à sua mesa. Esta parte termina com o canto do Precónio (Pregão), anunciando solenemente a vitória de Cristo.

 

2ª Parte

Liturgia da Palavra

Narram-se os gestos maravilhosos de Deus na história da salvação, desde a Criação do mundo até ao grande gesto da «Nova Criação» pela ressurreição de Cristo, início e primícias de um mundo novo. As leituras são intercaladas por aclamações, a última das quais é o canto do Aleluia pascal. Ao cântico de Glória, a Catedral escurecida torna-se, de repente, uma explosão de luz.

 

3ª Parte

Liturgia Batismal

Invocam-se os santos, com o canto da Ladainha. Benze-se a água do Batismo, que é levada em procissão. Asperge-se o povo. Renovam-se as promessas do Batismo. Se há batizandos, é-lhes ministrado este Sacramento.

 

4ª Parte

Liturgia Eucarística

Celebração festiva da primeira Missa da Páscoa.

No final da Missa, o Santíssimo Sacramento, que estivera encerrado na urna com um manto negro, é colocado na custódia e trazido para o altar-mor. Organiza-se a Procissão da Ressurreição, própria do Rito Bracarense, pelas naves da Catedral. De novo no altar-mor, Cristo vivo na Hóstia branca abençoa todos os fiéis, que dele se despedem ouvindo e cantando o Regina Coeli, laetare (Rainha dos Céus, alegrai-vos), em modo de parabéns àquela que de Senhora das Dores se transformou em Senhora da Alegria.

Ofício de Laudes (Sábado Santo)

11 de abril, Sábado Santo, 10h00  |  Sé Catedral

 

Com alocução do Presidente.

 

Terminadas as Laudes os Capitulares presentes acolhem os penitentes que desejarem receber o Sacramento da Reconciliação (confissão).

 

Durante o dia, visita ao Santo Sepulcro (na capela de Nª Sra. do Sameiro, Sé Catedral) onde permanece a Sagrada Eucaristia.

 

À noite, também na Catedral, celebra-se a Vigília Pascal e procede-se à Procissão da Ressurreição.

Procissão do Enterro do Senhor

10 de abril, sexta-feira Santa, 21h30  |  Sai da Sé Catedral

 

A Procissão do Enterro do Senhor é a mais imponente e solene manifestação pública da Semana Santa de Braga. Com origem nas práticas promovidas pela Irmandade de Santa Cruz a partir do século XVII, apenas se estabeleceu nas dinâmicas em 1933, na sequência da instituição da Comissão da Semana Santa ocorrida por ocasião do jubileu do Ano Santo da Redenção. Organizada conjuntamente pelo Cabido da Sé, Comissão da Semana Santa, Irmandade de Santa Cruz e Irmandade da Misericórdia, recorda a morte e a deposição de Jesus Cristo. Tal como um cortejo fúnebre, a procissão conduz uma urna com a imagem de Cristo morto, juntamente com o andor de Nossa Senhora da Soledade. Abre a procissão o andor “Consummatum Est”, numa versão contemporânea introduzida em 2017. Acompanham o percurso outras irmandades e corporações, os capitulares da Sé e autoridades civis e militares. Em sinal de luto, os participantes vão de cabeça coberta, ostentando um véu de luto. As matracas dos farricocos são silenciadas. As bandeiras e estandartes, com tarja de luto, arrastam-se pelo chão.

 

 

 

Itinerário

> Rua D. Gonçalo Pereira > Largo de S. Paulo > Largo de Paulo Orósio > Rua do Alcaide > Campo de Santiago > Rua do Anjo > Rua de S. Marcos > Largo Barão de S. Martinho > Rua do Souto > Rua Dr. Justino Cruz > Rua Eça de Queirós > Praça Municipal > Rua da Misericórdia > Rua D. Diogo de Sousa > Arco da Porta Nova > Av. S. Miguel-o-Anjo > Rua D. Paio Mendes >

 

 

 

– Organização: Cabido da Catedral, Comissão da Semana Santa, Irmandade da Misericórdia de Braga e Irmandade de Santa Cruz. – 

Celebração da Morte do Senhor

10 de abril, sexta-feira Santa, 15h00  |  Sé Catedral

 

 

Às 15h, em doze locais da cidade, há lançamento de morteiros, assinalando a morte de Jesus. Convidam a um minuto de silêncio em Sua memória.

 

 

À mesma hora em que Cristo expirou, os cristãos celebram o mistério da sua Morte redentora. Não há Missa, como seu memorial, mas comemoração direta, integrando a sequência do atos seguintes:

 

1ª Parte Liturgia da Palavra

Leituras alusivas ao sacrifício de Cristo, intercaladas com cântico de salmos, e narração da Paixão de Jesus segundo S. João. O Bispo que preside profere a homilia, tradicionalmente conhecida como Sermão do Enterro.

 

2ª Parte Oração universal

Sequência de orações pelas necessidades da Igreja e do mundo.

 

3ª Parte Adoração da Cruz

Depois de conduzida, encoberta, ao Bispo Presidente, este proporciona ao povo a progressiva descoberta do seu mistério — «Eis o madeiro da Cruz!» — , ao mesmo tempo que o convida à sua adoração: — «Vinde, adoremos!». E todo o povo desfila, então, aproximando-se para beijar e adorar o que foi o preço da sua redenção.

 

4ª Parte Comunhão eucarística

Comungando o Corpo de Cristo, os fiéis lembram as palavras de S. Paulo: «Sempre que comerdes deste pão […] anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha» (1 Cor 11, 26).

 

 

 

Segue-se o canto de Vésperas e depois, a Procissão Teofórica do Enterro.  A Procissão Teofórica do Enterro é um cerimonial integrado na celebração que memora a morte de Cristo, que se realiza na tarde da Sexta-Feira Santa na Sé de Braga. Nesta impressionante procissão, o Santíssimo Sacramento, encerrado num esquife coberto de um manto preto, é levado pelas naves da Catedral — daí o nome de procissão teofórica (que transporta Deus) — sendo posteriormente deposto numa capela lateral onde é exposto à veneração. Este cerimonial, que se insere numa tradição medieval associada aos chamados ritos da depositio (deposição), terá sido introduzido na Sé de Braga no século XVI, dado que apenas é referenciado na versão do Rito Bracarense de 1558.

 

Os acompanhantes do préstito cobrem o rosto em sinal de luto. Dois meninos ou duas senhoras, alternando com responsórios do coro, cantam em latim e em tom de comovido lamento: «Heu! Heu! Domine! Heu! Heu! Salvator noster!» (Ai! Ai! Meu Senhor! Ai! Ai! Salvador nosso!)