Missa e Imposição das Cinzas

26 de fevereiro, quarta-feira, 21h30  |  Sé Catedral

Celebração da eucaristia.

Coincide com o dia seguinte à terça-feira de Carnaval e é o primeiro dos 40 dias (Quaresma) entre essa terça-feira e a sexta-feira Santa, anterior ao domingo de Páscoa. As cinzas utilizadas neste ritual provêm da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. A estas cinzas mistura-se água benta. De acordo com a tradição, o celebrante desta cerimónia utiliza essas cinzas húmidas para sinalizar uma cruz na fronte de cada fiel, proferindo a frase “Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás” ou a frase “Convertei-vos e crede no Evangelho”.

Início da Quaresma.

Abertura do Lausperene Quaresmal

26 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, 8h30  |  Sé Catedral

 

 

O Lausperene Quaresmal da cidade de Braga, delimitado pela Quarta-Feira de Cinzas e pela Quinta-Feira Santa, é uma das mais peculiares manifestações da devoção eucarística. Anualmente replicado num itinerário com vinte e três etapas agendadas nos principais e mais emblemáticos espaços de culto da zona urbana, é uma prática que já ultrapassou os três séculos de existência. É durante o Lausperene Quaresmal – e apenas neste momento do calendário – que muitas destas igrejas abrem as suas artísticas tribunas ou que utilizam uma parte das suas porcelanas, damascos e ourivesarias, atingindo um peculiar esplendor. Nasceu por iniciativa do Arcebispo D. Rodrigo de Moura Telles em 1710 e desde aí nunca mais cessou de marcar presença no quotidiano dos bracarenses.

Missa de Domingo de Ramos

14 de abril, domingo de Ramos, 11h30  |  Sé Catedral

 

 

As leituras desta Missa, sobretudo a narração da Paixão segundo S. Mateus, colocam diante da assembleia o quadro dos acontecimentos dolorosos de Jesus que irão ser comemorados ao longo da Semana Santa. Convidados a seguir os seus passos, os cristãos sabem que «se sofremos com Ele, também com Ele seremos glorificados» (Rm 8, 17).

5º Domingo da Quaresma – Procissão dos Passos em Celeirós

7 de abril, domingo, 15h00  |  Celeirós

Procissão dos Passos no concelho de Braga:

Sendo uma das manifestações devocionais mais repetidas em Portugal, a Procissão dos Passos, além da ocorrência na cidade de Braga no Domingo de Ramos, regista outros cerimoniais do mesmo género no território bracarense.

Neste quinto domingo da Quaresma, ocorre uma procissão na freguesia de Celeirós.

 

– Organização da respetiva comissão organizadora –

Trasladação da Imagem do Senhor dos Passos e Via Sacra

13 de abril, sábado, 21h30  |  Sai da Igreja de Santa Cruz

 

 

A noite do sábado antes de Ramos é como uma primeira Vigília, de carácter penitencial, a preparar a Semana Santa, tal como, no sábado seguinte, a Vigília Pascal será a celebração festiva do triunfo de Jesus sobre a morte.

 

21h30 – Procissão em que se faz a Trasladação da Imagem do Senhor dos Passos, da Igreja de Santa Cruz para a Igreja do Seminário, percorrendo a Rua do Anjo, Largo de Santiago (onde serão cantados o Miserere e outros motetes), e Largo de S. Paulo.

 

22h00 – Recolhida a procissão, segue-se a Via-Sacra, com o povo cantando os «Martírios» e percorrendo, pela sua ordem, as seguintes «estações» ou «calvários», em que estão representados oito dos «passos» de Cristo no seu caminho para o Calvário. Estes têm a seguinte identificação e localização:

 

 

 

1ª Estação – Jesus toma a sua cruz
Largo de São Paulo

_____________________________

2ª Estação – Jesus encontra Sua Mãe
Largo de Santiago

_____________________________

3ª Estação – Jesus cai por terra
Rua de S. Paulo

_____________________________

4ª Estação – A Verónica limpa o rosto de Jesus
Rua D. Paio Mendes

_____________________________

5ª Estação – A caminho do Calvário
Casa do Igo (Campo das Carvalheiras)

_____________________________

6ª Estação – Jesus consola as mulheres de Jerusalém
Arco da Porta Nova

_____________________________

7ª Estação – Segunda queda
Largo do Paço

_____________________________

8ª Estação – Jesus é pregado na cruz
Casa dos Coimbras

 

 

O andor do Senhor dos Passos recolhe à igreja do Seminário (S. Paulo), de onde sairá no dia seguinte a Procissão dos Passos.

Lava-Pés e Missa da Ceia do Senhor

18 de abril, quinta-feira Santa, 16h00  |  Sé Catedral

 

A anteceder a Missa da Ceia do Senhor, o Arcebispo que preside lava os pés a doze pessoas que representam os doze Apóstolos. Assim se comemora o que fez Jesus e se atualiza a sua eloquente lição: «Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, levou até ao extremo este seu amor. […] Levantou-se da mesa, depôs as vestes e tomando uma toalha pô-la à cinta. Depois de lhes lavar os pés […], disse-lhes: ‘Compreendestes o que vos fiz? Vós chamais-me Mestre e Senhor e dizeis bem porque Eu o sou. Ora, se Eu, sendo Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também’» (Jo 13, 1-15).

 

 

 

Terminado este rito, segue-se a Missa da Ceia do Senhor. É uma celebração dominada pelo sentimento do amor de Cristo que, na véspera da sua Paixão, enquanto comia a Ceia com os discípulos, instituiu o Sacrifício-Sacramento da Eucaristia, como memorial da sua Morte e Ressurreição a celebrar, tornando-o sempre atual, no decurso dos tempos: «Durante a ceia, tomou o pão dizendo: — ‘Tomai e comei. Isto é o meu corpo, entregue por vós.’ Do mesmo modo, tomou o cálice e, dando graças, deu-o aos discípulos dizendo: — ‘Tomai e bebei todos. Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna Aliança, que será derramado por vós e por todos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de Mim’» (Lc 22, 19-20).

No momento próprio, o Presidente da celebração faz a homilia apropriada, com especial incidência na lição do lava-pés e no «mandamento novo» deixado por Jesus como testamento espiritual para os seus discípulos (Sermão do Mandato). «Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. […] É nisso que todos reconhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei a vós» (Jo 13, 34-35).

 

Terminada a missa, a assembleia canta a hora de Vésperas, enquanto que o Cristo vivo presente na Hóstia consagrada é conduzido em procissão pelas naves da Catedral para um lugar de adoração (a representar o Horto das Oliveiras), onde permanecerá até ser dali retirado, também processionalmente, no dia seguinte, para o sepulcro. Os fiéis são convidados a velarem com Ele, na hora da sua Paixão. Em sinal de luto, o altar é desnudado.

 

 

 

 

A visita às sete igrejas é uma tradição ancestral associada à vivência da Quinta-Feira Santa na cidade de Braga. Esta prática devocional está vinculada à realização da Procissão das Endoenças que as Misericórdias organizavam. O imaginário que preside a esta prática estará certamente relacionado com as sete igrejas de peregrinação da cidade de Roma, que os fiéis devem visitar sempre que é proclamado Ano Santo. Hodiernamente este costume mantém-se. As sete igrejas são “marcadas” com uma cruz da paixão junto da sua porta de entrada. Durante a tarde de Quinta-Feira Santa, os fiéis são convidados a visitarem sete igrejas da cidade de Braga: Sé Primaz, Misericórdia, Santa Cruz, Terceiros, Salvador, Penha e Conceição.*

 

Ao mesmo tempo, um numeroso grupo de farricocos, percorre o centro da cidade, com as suas ruidosas matracas. Na sua origem pagã, eram um grupo de mascarados que percorria as ruas, anunciando a passagem dos conde-nados e relatando os seus crimes. Já «cristianizados», em tempos antigos, conforme a mentalidade de então, percorriam as ruas chamando os pecadores públicos à sua reintegração na Igreja, depois de arrependidos e perdoados. Era a forma do tempo, de entender a misericórdia para com os peca-dores, aos quais tinha sido aplicada a indulgência (ou «endoença»). Atualmente, atribui-se-lhe um significado substitutivo e residual, de chamamento dos Irmãos da Misericórdia para a procissão da noite. O uso das ruidosas «matracas» para este efeito foi instituído em anos remotos para substituir o toque dos sinos, que nos dias maiores da Semana Santa ficavam silenciosos.

 

 

*Ver página 17 “Visitas Guiadas”.

Procissão do Enterro do Senhor

19 de abril, sexta-feira Santa, 21h30  |  Sai da Sé Catedral

 

A Procissão do Enterro do Senhor é a mais imponente e solene manifestação pública da Semana Santa de Braga. Com origem nas práticas promovidas pela Irmandade de Santa Cruz a partir do século XVII, apenas se estabeleceu nas dinâmicas em 1933, na sequência da instituição da Comissão da Semana Santa ocorrida por ocasião do jubileu do Ano Santo da Redenção. Organizada conjuntamente pelo Cabido da Sé, Comissão da Semana Santa, Irmandade de Santa Cruz e Irmandade da Misericórdia, recorda a morte e a deposição de Jesus Cristo. Tal como um cortejo fúnebre, a procissão conduz uma urna com a imagem de Cristo morto, juntamente com o andor de Nossa Senhora da Soledade. Abre a procissão o andor “Consummatum Est”, numa versão contemporânea introduzida em 2017. Acompanham o percurso outras irmandades e corporações, os capitulares da Sé e autoridades civis e militares. Em sinal de luto, os participantes vão de cabeça coberta, ostentando um véu de luto. As matracas dos farricocos são silenciadas. As bandeiras e estandartes, com tarja de luto, arrastam-se pelo chão.

 

 

 

Itinerário

> Rua D. Gonçalo Pereira > Largo de S. Paulo > Largo de Paulo Orósio > Rua do Alcaide > Campo de Santiago > Rua do Anjo > Rua de S. Marcos > Largo Barão de S. Martinho > Rua do Souto > Rua Dr. Justino Cruz > Rua Eça de Queirós > Praça Municipal > Rua da Misericórdia > Rua D. Diogo de Sousa > Arco da Porta Nova > Av. S. Miguel-o-Anjo > Rua D. Paio Mendes >

 

 

 

– Organização: Cabido da Catedral, Comissão da Semana Santa, Irmandade da Misericórdia de Braga e Irmandade de Santa Cruz. – 

4º Domingo da Quaresma – Procissão dos Passos

31 de março, domingo, 15h00  |  Figueiredo e Real

Procissão dos Passos no concelho de Braga:

Sendo uma das manifestações devocionais mais repetidas em Portugal, a Procissão dos Passos, além da ocorrência na cidade de Braga no Domingo de Ramos, regista outros cerimoniais do mesmo género no território bracarense.

 

 

– Organização da Irmandade Santa Cruz –

Ciclo de Cinema 3/3 : “O Evangelho Segundo São Mateus”

25 de março, segunda-feira, 21h00  |  Espaço Vita

 

 

 

SINOPSE DA SESSÃO:

As parábolas, os primeiros discípulos, a revolta, a determinação, os milagres, a intolerância, a solidão e a impaciência. Assim Jesus conseguiu uma legião de seguidores e também muitos inimigos, segundo o Evangelho de São Mateus.

Nesta obra maior, o realizador italiano Pier Paolo Pasolini apresenta-nos um Cristo completamente distinto do estilo ‘épico’ com que o cinema o vinha caracterizando. Um Cristo solar, com música de Bach por fundo e a mãe de Pasolini a interpretar a Virgem.

 

Ficha técnica:

Realização: Pier Paolo Pasolini

Itália, 1964

Género: Ficção

Duração: 132 min.

Classificação: M12

Idioma: Italiano

Legendas: Português

 

Programação · Cineclube Aurélio da Paz dos Reis

Organização · Município de Braga, Comissão da Semana Santa e Espaço Vita

Coordenação de Programação · Miguel Ramos

Coordenação Vídeo · Ricardo Soares

Design · Ana Coelho

Direção de Produção · Rosário Melo

 

Site www.aureliodapazdosreis.org

Facebook.com/cineclubebraga

Youtube.com/channel/UCoME95KYNhoaDtvqt4jJkLg

Email programacao@aureliodapazdosreis.org

Telemóvel +351 966848598