5º Domingo da Quaresma – Procissão dos Passos em CELEIRÓS

26 de março, domingo, 15h00  |  Celeirós

Procissão dos Passos no concelho de Braga:

Sendo uma das manifestações devocionais mais repetidas em Portugal, a Procissão dos Passos, além da ocorrência na cidade de Braga no Domingo de Ramos, regista outros cerimoniais do mesmo género no território bracarense.

 

Neste quinto domingo da Quaresma, ocorre uma procissão na freguesia de Celeirós.

 

 

Organização: respetiva comissão organizadora

Missa e Imposição das Cinzas

2 de março, quarta-feira de Cinzas, 17h30  |  Sé Catedral

Celebração da eucaristia.

Coincide com o dia seguinte à terça-feira de Carnaval e é o primeiro dos 40 dias (Quaresma) entre essa terça-feira e a sexta-feira Santa, anterior ao domingo de Páscoa. As cinzas utilizadas neste ritual provêm da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. A estas cinzas mistura-se água benta. De acordo com a tradição, o celebrante desta cerimónia utiliza essas cinzas húmidas para sinalizar uma cruz na fronte de cada fiel, proferindo a frase “Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás” ou a frase “Convertei-vos e crede no Evangelho”.

Início da Quaresma.

Missa Solene do Domingo de Páscoa

17 de abril, domingo de Páscoa, 11h30  |  Sé Catedral

 

Todo o Domingo é um dia pascal, porque simboliza e evoca, no ritmo cristão das semanas, o primeiro dia do mundo novo inaugurado com a Ressurreição de Cristo. O Domingo de Páscoa é, nesse sentido, o paradigma de todos os domingos. Por isso proclama a Liturgia: — «Este é o dia que o Senhor fez! Exultemos e cantemos de alegria!» Por isso também, nele, a Igreja celebra com especial solenidade a Eucaristia, memorial que recorda aquele mistério.

 

 

Visita Pascal das paróquias 

No âmbito da Cidade de Braga, esta visita é revestida de um significado especial.

 

(Nota prévia: Ainda por causa da situação pandémica, também a visita dos Compassos Pascais não se tornará viável nesta Páscoa. As comunidades paroquiais incluirão nas celebrações eucarísticas um momento de solene adoração à Cruz, sinal sacramental da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.)

Vigília Pascal e Procissão da Ressurreição

16 de abril, sábado Santo, 21h00  |  Sé Catedral

 

Para a Vigília Pascal convergem todas as celebrações da Semana Santa e mesmo de todo o Ano Litúrgico. Lembrando a grande noite de vigília do povo hebreu no Egipto, aguardando a hora da libertação (Ex 12), nela celebram os cristãos a sua própria redenção pelo mistério da Ressurreição de Cristo. Por ela se realiza a grande Páscoa ou Passagem da morte para a vida ou do estado de perdição para o estado de salvação. É a vitória final de Deus, em Cristo, sobre o pecado, o mal e a própria morte. No plano espiritual, os cristãos apropriam-se da graça desta passagem pelo Batismo. Por isso, a liturgia batismal tem aqui um lugar de destaque.

 

A Vigília Pascal — chamada por Santo Agostinho «a mãe de todas as Vigílias» — é uma soleníssima celebração, muito rica de simbolismo global e de símbolos particulares: as trevas, a luz, a água, o círio pascal, a cor alegre dos paramentos, a explosão de som e luz.

 

 

Integra quatro partes e conclui com a Procissão da Ressurreição:

 

1ª Parte

Liturgia da Luz

Com Cristo ressuscitado, a Luz brilhou nas trevas. O círio pascal, que O simboliza, é benzido, conduzido em procissão e colocado diante da assembleia. Os participantes são convidados a terem nas mãos velas acesas, imitando aqueles servos de que fala o Evangelho (Lc 12, 35-37), os quais esperam, vigilantes, o seu Senhor que os fará sentar à sua mesa. Esta parte termina com o canto do Precónio (Pregão), anunciando solenemente a vitória de Cristo.

 

2ª Parte

Liturgia da Palavra

Narram-se os gestos maravilhosos de Deus na história da salvação, desde a Criação do mundo até ao grande gesto da «Nova Criação» pela ressurreição de Cristo, início e primícias de um mundo novo. As leituras são intercaladas por aclamações, a última das quais é o canto do Aleluia pascal. Ao cântico de Glória, a Catedral escurecida torna-se, de repente, uma explosão de luz.

 

3ª Parte

Liturgia Batismal

Invocam-se os santos, com o canto da Ladainha. Benze-se a água do Batismo, que é levada em procissão. Asperge-se o povo. Renovam-se as promessas do Batismo. Se há batizandos, é-lhes ministrado este Sacramento.

 

4ª Parte

Liturgia Eucarística

Celebração festiva da primeira Missa da Páscoa.

No final da Missa, o Santíssimo Sacramento, que estivera encerrado na urna com um manto negro, é colocado na custódia e trazido para o altar-mor. Organiza-se a Procissão da Ressurreição, própria do Rito Bracarense, pelas naves da Catedral. De novo no altar-mor, Cristo vivo na Hóstia branca abençoa todos os fiéis, que dele se despedem ouvindo e cantando o Regina Coeli, laetare (Rainha dos Céus, alegrai-vos), em modo de parabéns àquela que de Senhora das Dores se transformou em Senhora da Alegria.

Ofício de Laudes (Sábado Santo)

16 de abril, Sábado Santo, 10h00  |  Sé Catedral

 

Com alocução do Presidente.

 

Terminadas as Laudes os Capitulares presentes acolhem os penitentes que desejarem receber o Sacramento da Reconciliação (confissão).

 

Durante o dia, visita ao Santo Sepulcro (na capela de Nª Sra. do Sameiro, Sé Catedral) onde permanece a Sagrada Eucaristia.

 

À noite, também na Catedral, celebra-se a Vigília Pascal e procede-se à Procissão da Ressurreição.

Celebração da Morte do Senhor

15 de abril, sexta-feira Santa, 15h00  |  Sé Catedral

 

Às 15h, em doze locais da cidade, há lançamento de morteiros, assinalando a morte de Jesus. Convidam a um minuto de silêncio em Sua memória.

 

À mesma hora em que Cristo expirou, os cristãos celebram o mistério da sua Morte redentora. Não há Missa, como seu memorial, mas comemoração direta, integrando a sequência do atos seguintes:

 

1ª Parte Liturgia da Palavra

Leituras alusivas ao sacrifício de Cristo, intercaladas com cântico de salmos, e narração da Paixão de Jesus segundo S. João. O Bispo que preside profere a homilia, tradicionalmente conhecida como Sermão do Enterro.

 

2ª Parte Oração universal

Sequência de orações pelas necessidades da Igreja e do mundo.

 

3ª Parte Adoração da Cruz

Depois de conduzida, encoberta, ao Bispo Presidente, este proporciona ao povo a progressiva descoberta do seu mistério — «Eis o madeiro da Cruz!» — , ao mesmo tempo que o convida à sua adoração: — «Vinde, adoremos!». E todo o povo desfila, então, aproximando-se para beijar e adorar o que foi o preço da sua redenção.

 

4ª Parte Comunhão eucarística

Comungando o Corpo de Cristo, os fiéis lembram as palavras de S. Paulo: «Sempre que comerdes deste pão […] anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha» (1 Cor 11, 26).

 

 

Segue-se o canto de Vésperas e depois, a Procissão Teofórica do Enterro.  A Procissão Teofórica do Enterro é um cerimonial integrado na celebração que memora a morte de Cristo, que se realiza na tarde da Sexta-Feira Santa na Sé de Braga. Nesta impressionante procissão, o Santíssimo Sacramento, encerrado num esquife coberto de um manto preto, é levado pelas naves da Catedral — daí o nome de procissão teofórica (que transporta Deus) — sendo posteriormente deposto numa capela lateral onde é exposto à veneração. Este cerimonial, que se insere numa tradição medieval associada aos chamados ritos da depositio (deposição), terá sido introduzido na Sé de Braga no século XVI, dado que apenas é referenciado na versão do Rito Bracarense de 1558.

 

Os acompanhantes do préstito cobrem o rosto em sinal de luto. Dois meninos ou duas senhoras, alternando com responsórios do coro, cantam em latim e em tom de comovido lamento: «Heu! Heu! Domine! Heu! Heu! Salvator noster!» (Ai! Ai! Meu Senhor! Ai! Ai! Salvador nosso!)

Lava-Pés e Missa da Ceia do Senhor

14 de abril, quinta-feira Santa, 16h00  |  Sé Catedral

 

A anteceder a Missa da Ceia do Senhor, o Arcebispo que preside lava os pés a doze pessoas que representam os doze Apóstolos. Assim se comemora o que fez Jesus e se atualiza a sua eloquente lição: «Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, levou até ao extremo este seu amor. […] Levantou-se da mesa, depôs as vestes e tomando uma toalha pô-la à cinta. Depois de lhes lavar os pés […], disse-lhes: ‘Compreendestes o que vos fiz? Vós chamais-me Mestre e Senhor e dizeis bem porque Eu o sou. Ora, se Eu, sendo Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também’» (Jo 13, 1-15).

 

Terminado este rito, segue-se a Missa da Ceia do Senhor. É uma celebração dominada pelo sentimento do amor de Cristo que, na véspera da sua Paixão, enquanto comia a Ceia com os discípulos, instituiu o Sacrifício-Sacramento da Eucaristia, como memorial da sua Morte e Ressurreição a celebrar, tornando-o sempre atual, no decurso dos tempos: «Durante a ceia, tomou o pão dizendo: — ‘Tomai e comei. Isto é o meu corpo, entregue por vós.’ Do mesmo modo, tomou o cálice e, dando graças, deu-o aos discípulos dizendo: — ‘Tomai e bebei todos. Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna Aliança, que será derramado por vós e por todos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de Mim’» (Lc 22, 19-20).

No momento próprio, o Presidente da celebração faz a homilia apropriada, com especial incidência na lição do lava-pés e no «mandamento novo» deixado por Jesus como testamento espiritual para os seus discípulos (Sermão do Mandato). «Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. […] É nisso que todos reconhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei a vós» (Jo 13, 34-35).

 

Terminada a missa, a assembleia canta a hora de Vésperas, enquanto que o Cristo vivo presente na Hóstia consagrada é conduzido em procissão pelas naves da Catedral para um lugar de adoração (a representar o Horto das Oliveiras), onde permanecerá até ser dali retirado, também processionalmente, no dia seguinte, para o sepulcro. Os fiéis são convidados a velarem com Ele, na hora da sua Paixão. Em sinal de luto, o altar é desnudado.

 

A visita às Sete Igrejas é uma tradição ancestral associada à vivência da Quinta-Feira Santa na cidade de Braga. Esta prática devocional está vinculada à realização da Procissão das Endoenças que as Misericórdias organizavam. O imaginário que preside a esta prática estará certamente relacionado com as sete igrejas de peregrinação da cidade de Roma, que os fiéis devem visitar sempre que é proclamado Ano Santo. Hodiernamente este costume mantém-se. As sete igrejas são “marcadas” com uma cruz da paixão junto da sua porta de entrada. Durante a tarde de Quinta-Feira Santa, os fiéis são convidados a visitarem sete igrejas da cidade de Braga: Sé Primaz, Misericórdia, Santa Cruz, Terceiros, Salvador, Penha e Conceição.

 

Ao mesmo tempo, um numeroso grupo de farricocos, percorre o centro da cidade, com as suas ruidosas matracas. Na sua origem pagã, eram um grupo de mascarados que percorria as ruas, anunciando a passagem dos conde-nados e relatando os seus crimes. Já «cristianizados», em tempos antigos, conforme a mentalidade de então, percorriam as ruas chamando os pecadores públicos à sua reintegração na Igreja, depois de arrependidos e perdoados. Era a forma do tempo, de entender a misericórdia para com os peca-dores, aos quais tinha sido aplicada a indulgência (ou «endoença»). Atualmente, atribui-se-lhe um significado substitutivo e residual, de chamamento dos Irmãos da Misericórdia para a procissão da noite. O uso das ruidosas «matracas» para este efeito foi instituído em anos remotos para substituir o toque dos sinos, que nos dias maiores da Semana Santa ficavam silenciosos.

Missa Crismal e Bênção dos Santos Óleos

14 de abril, quinta-feira Santa, 10h00  |  Sé Catedral

 

 

Neste dia a Igreja lembra o início da Paixão do seu Senhor, comemorando especialmente os seguintes acontecimentos: instituição do sacerdócio; instituição da Eucaristia; agonia de Jesus e seu julgamento. Embora discretamente, também se faz memória da antiga tradição das «endoenças» (indulgência ou perdão concedidos aos pecadores públicos).

 

Comemorando a instituição do sacerdócio, o Arcebispo Primaz faz-se acompanhar de todo o clero da Arquidiocese e com este, como presbitério participante do seu pleno sacerdócio, concelebra a Eucaristia. Durante a celebração, consagra os Santos Óleos, que serão levados pelos presbíteros para as suas paróquias a fim de servirem para ungir os batizandos e os doentes.

Benção e Procissão dos Ramos

10 de abril, domingo de Ramos, 11h00  |  Igreja do Seminário (Largo de S. Paulo)

 

O Domingo de Ramos é o pórtico de entrada na Semana Santa. Neste dia a Igreja comemora a entrada de Jesus em Jerusalém, para consumar o seu mistério pascal. É uma entrada que prefigura e preludia a sua entrada, pela Ressurreição gloriosa, na Jerusalém Celeste. Jesus, porém, quis chegar ao triunfo passando pela Paixão e Morte. Por isso se lê, na Missa de Ramos, o evangelho da Paixão. Os fiéis são convidados a olhar para Jesus, o qual «sofreu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os seus passos» (1 Pd 2, 21).

 

11h00 — Na igreja do Seminário, o Arcebispo procede à solene bênção dos ramos.

 

11h15 — Em seguida, desfila a Procissão dos Ramos em direcção à Catedral, percorrendo a Rua D. Gonçalo Pereira. Qual o seu significado? Cinco dias antes da morte, Jesus, manso e humilde, montado num jumentinho, desceu do Monte das Oliveiras em direcção a Jerusalém. O povo saiu-lhe ao encontro, atapetando o caminho com os seus mantos e com ramos de árvores. As crianças e todo o povo aplaudiam-no com entusiasmo: «Hossana ao Filho de David! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hossana nas alturas!».

À entrada da catedral, o Arcebispo ritualiza a entrada de Jesus em Jerusalém (segundo o antigo costume do Rito Bracarense), com o diálogo entre Jesus e os guardiões da cidade, a cujas três batidas na porta, com a cruz, são sensíveis e abrem os pórticos antigos.

 

11h30 — Segue-se a entrada na catedral, onde o Arcebispo celebra a solene Missa do Domingo de Ramos.