Missa de Domingo de Ramos

14 de abril, domingo de Ramos, 11h30  |  Sé Catedral

 

 

As leituras desta Missa, sobretudo a narração da Paixão segundo S. Mateus, colocam diante da assembleia o quadro dos acontecimentos dolorosos de Jesus que irão ser comemorados ao longo da Semana Santa. Convidados a seguir os seus passos, os cristãos sabem que «se sofremos com Ele, também com Ele seremos glorificados» (Rm 8, 17).

Lava-Pés e Missa da Ceia do Senhor

18 de abril, quinta-feira Santa, 16h00  |  Sé Catedral

 

A anteceder a Missa da Ceia do Senhor, o Arcebispo que preside lava os pés a doze pessoas que representam os doze Apóstolos. Assim se comemora o que fez Jesus e se atualiza a sua eloquente lição: «Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, levou até ao extremo este seu amor. […] Levantou-se da mesa, depôs as vestes e tomando uma toalha pô-la à cinta. Depois de lhes lavar os pés […], disse-lhes: ‘Compreendestes o que vos fiz? Vós chamais-me Mestre e Senhor e dizeis bem porque Eu o sou. Ora, se Eu, sendo Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também’» (Jo 13, 1-15).

 

 

 

Terminado este rito, segue-se a Missa da Ceia do Senhor. É uma celebração dominada pelo sentimento do amor de Cristo que, na véspera da sua Paixão, enquanto comia a Ceia com os discípulos, instituiu o Sacrifício-Sacramento da Eucaristia, como memorial da sua Morte e Ressurreição a celebrar, tornando-o sempre atual, no decurso dos tempos: «Durante a ceia, tomou o pão dizendo: — ‘Tomai e comei. Isto é o meu corpo, entregue por vós.’ Do mesmo modo, tomou o cálice e, dando graças, deu-o aos discípulos dizendo: — ‘Tomai e bebei todos. Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna Aliança, que será derramado por vós e por todos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de Mim’» (Lc 22, 19-20).

No momento próprio, o Presidente da celebração faz a homilia apropriada, com especial incidência na lição do lava-pés e no «mandamento novo» deixado por Jesus como testamento espiritual para os seus discípulos (Sermão do Mandato). «Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. […] É nisso que todos reconhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei a vós» (Jo 13, 34-35).

 

Terminada a missa, a assembleia canta a hora de Vésperas, enquanto que o Cristo vivo presente na Hóstia consagrada é conduzido em procissão pelas naves da Catedral para um lugar de adoração (a representar o Horto das Oliveiras), onde permanecerá até ser dali retirado, também processionalmente, no dia seguinte, para o sepulcro. Os fiéis são convidados a velarem com Ele, na hora da sua Paixão. Em sinal de luto, o altar é desnudado.

 

 

 

 

A visita às sete igrejas é uma tradição ancestral associada à vivência da Quinta-Feira Santa na cidade de Braga. Esta prática devocional está vinculada à realização da Procissão das Endoenças que as Misericórdias organizavam. O imaginário que preside a esta prática estará certamente relacionado com as sete igrejas de peregrinação da cidade de Roma, que os fiéis devem visitar sempre que é proclamado Ano Santo. Hodiernamente este costume mantém-se. As sete igrejas são “marcadas” com uma cruz da paixão junto da sua porta de entrada. Durante a tarde de Quinta-Feira Santa, os fiéis são convidados a visitarem sete igrejas da cidade de Braga: Sé Primaz, Misericórdia, Santa Cruz, Terceiros, Salvador, Penha e Conceição.*

 

Ao mesmo tempo, um numeroso grupo de farricocos, percorre o centro da cidade, com as suas ruidosas matracas. Na sua origem pagã, eram um grupo de mascarados que percorria as ruas, anunciando a passagem dos conde-nados e relatando os seus crimes. Já «cristianizados», em tempos antigos, conforme a mentalidade de então, percorriam as ruas chamando os pecadores públicos à sua reintegração na Igreja, depois de arrependidos e perdoados. Era a forma do tempo, de entender a misericórdia para com os peca-dores, aos quais tinha sido aplicada a indulgência (ou «endoença»). Atualmente, atribui-se-lhe um significado substitutivo e residual, de chamamento dos Irmãos da Misericórdia para a procissão da noite. O uso das ruidosas «matracas» para este efeito foi instituído em anos remotos para substituir o toque dos sinos, que nos dias maiores da Semana Santa ficavam silenciosos.

 

 

*Ver página 17 “Visitas Guiadas”.

Ofício de Laudes (Sexta-feira Santa)

19 de abril, sexta-feira Santa, 10h00  |  Sé Catedral

 

Com alocução do Presidente aludindo às Sete Palavras de Jesus na Cruz. Terminadas as Laudes, os Capitulares presentes acolhem os penitentes que desejarem celebrar o Sacramento da Reconciliação (confissão).

 

Durante o dia, visita ao Santo Sepulcro (na capela de Nª Sra. do Sameiro, Sé Catedral) onde permanece a Sagrada Eucaristia.

 

Abertura do Lausperene Quaresmal

6 de março, quarta-feira de Cinzas, 8h30  |  Sé Catedral

 

 

O Lausperene Quaresmal da cidade de Braga, delimitado pela Quarta-Feira de Cinzas e pela Quinta-Feira Santa, é uma das mais peculiares manifestações da devoção eucarística. Anualmente replicado num itinerário com vinte e três etapas agendadas nos principais e mais emblemáticos espaços de culto da zona urbana, é uma prática que já ultrapassou os três séculos de existência. É durante o Lausperene Quaresmal – e apenas neste momento do calendário – que muitas destas igrejas abrem as suas artísticas tribunas ou que utilizam uma parte das suas porcelanas, damascos e ourivesarias, atingindo um peculiar esplendor. Nasceu por iniciativa do Arcebispo D. Rodrigo de Moura Telles em 1710 e desde aí nunca mais cessou de marcar presença no quotidiano dos bracarenses.

Compasso Pascal

21 e 22 de abril, domingo de Páscoa e segunda-feira, 11h30  |  Saída da Sé Catedral

 

 

O dia da Páscoa da Ressurreição é vivido no norte de Portugal, e particularmente em Braga, inspirado numa multisecular tradição, que lhe confere um sentido festivo e celebrativo ímpar. Desde os primórdios, a Igreja promoveu a Bênção das Casas, em dias diferenciados segundo cada época e cada região, mas privilegiando o tempo pascal, numa referência à primeira Páscoa, e à providência de Deus assinalada nas soleiras do Egipto.

Mais tarde, em plena Idade Média, esta forma ritual de bênção torna-se mais solene. A dimensão geográfica das paróquias e a suficiência de clérigos, permitia colocar a visitação e a bênção de todos os lares no próprio dia de Páscoa. Tomou, por isso, o nome de Visita ou Compasso Pascal.

 

Em nossos dias, e pela estreita relação do único mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, celebrado ao longo do Tríduo Pascal, o grupo visitador é presidido pelo pároco (ou alguém por si delegado) e constituído por alguns membros da comunidade paroquial. Conservando o rito de bênção das casas, inclui também um momento de oração comunitária e familiar, e termina com o ósculo da Santa Cruz, ou outro sinal de adoração.

 

Depois de, como os primeiros discípulos, anunciarem aos irmãos que o Senhor ressuscitou verdadeiramente e vive para sempre, o dia termina reunindo todos os grupos visitadores em solene e festiva procissão.

 

 

 

 

Indica-se em seguida o programa da visita pascal das paróquias do centro da cidade:

 

 

21 de abril  |  Domingo de Páscoa  |  Santo Adrião

8h00 Início da Visita Pascal com a Eucaristia às 08h00 da manhã. Termina a vista pascal pelas 13h00. Às 18h00 procissão desde a capela de Santo Adrião, integrando os 22 grupos da visita pascal, até à Igreja Paroquial onde é celebrada a Eucaristia de Encerramento do Compasso.

 

 

21 de abril  |  Domingo de Páscoa | São Lázaro

8h00 Há celebração da Eucaristia às 08h00 e 17h30. O Compasso Pascal, composto por 26 grupos, visita as famílias com início às 09h00 e conclusão às 13h00.

 

 

21 de abril  |  Domingo de Páscoa | São Vicente

9h00 A Visita Pascal inicia às 09h00 e termina às 14h00. Às 18h30 inicia a Procissão das Cruzes, desde o largo dos Penedos até à Igreja de São Vicente, onde é celebrada eucaristia às 19h00.

 

 

21 de abril  |  Domingo de Páscoa | Sé/São João Souto/Cividade

8h30 EUCARISTIA às 8h30 com participação de todos os grupos de Visita Pascal. Às 9h30 saída de todos os grupos em visita pascal pelo centro Histórico.

 

11h00 VISITA PASCAL à Câmara Municipal.

 

11h30 EUCARISTIA presidida por Sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Arcebispo.

 

18h00 EUCARISTIA

 

 

21 de abril  |  Domingo de Páscoa | Maximinos

8h00 Na paróquia de Maximinos, a Visita Pascal faz-se de manhã. Começa com a eucaristia às 08h00. Pelas 09h00, saída do compasso pascal que se prolonga até às 13h00. Eucaristia pelas 19h00.

 

 

21 de abril  |  Domingo de Páscoa | São Victor

9h00 A Visita Pascal inicia às 09h00 com saída dos Compassos Pascais (26 grupos), desde a Igreja Paroquial. Por volta das 19h00 reúnem-se na Rua Elísio de Moura (junto da Farmácia Pimentel), de onde se dirigem, em solene procissão, para a Igreja Paroquial, concluindo com a celebração da Eucaristia.

 

 

 

 

 

 

22 de abril  |  Segunda-feira de Páscoa | Sé/São João Souto/Cividade

9h00 Saída da Sé Catedral de 4 grupos de Visita Pascal acompanhados por Banda de Música. Às 09h30 Eucaristia na capela de Nosso Senhor das Ânsias, seguida de Visita Pascal.

 

20h00 Subida da Rua da Boavista (Cónega), em cortejo, dos quatro grupos de Visita Pascal, seguidos pelo povo, rumo à Catedral, onde há um tempo de adoração do Santíssimo e Bênção.

Ofício de Laudes (Sábado Santo)

20 de abril, sábado Santo, 10h00  |  Sé Catedral

 

 

Com alocução do Presidente.

 

 

Terminadas as Laudes os Capitulares presentes acolhem os penitentes que desejarem receber o Sacramento da Reconciliação (confissão).

 

 

Durante o dia, visita ao Santo Sepulcro (na capela de Nª Sra. do Sameiro, Sé Catedral) onde permanece a Sagrada Eucaristia.

 

 

À noite, também na Catedral, celebra-se a Vigília Pascal e procede-se à Procissão da Ressurreição.

Celebração da Morte do Senhor

19 de abril, sexta-feira Santa, 15h00  |  Sé Catedral

 

 

Às 15h, em doze locais da cidade, há lançamento de morteiros, assinalando a morte de Jesus. Convidam a um minuto de silêncio em Sua memória.

 

 

À mesma hora em que Cristo expirou, os cristãos celebram o mistério da sua Morte redentora. Não há Missa, como seu memorial, mas comemoração direta, integrando a sequência do atos seguintes:

 

1ª Parte Liturgia da Palavra

Leituras alusivas ao sacrifício de Cristo, intercaladas com cântico de salmos, e narração da Paixão de Jesus segundo S. João. O Bispo que preside profere a homilia, tradicionalmente conhecida como Sermão do Enterro.

 

2ª Parte Oração universal

Sequência de orações pelas necessidades da Igreja e do mundo.

 

3ª Parte Adoração da Cruz

Depois de conduzida, encoberta, ao Bispo Presidente, este proporciona ao povo a progressiva descoberta do seu mistério — «Eis o madeiro da Cruz!» — , ao mesmo tempo que o convida à sua adoração: — «Vinde, adoremos!». E todo o povo desfila, então, aproximando-se para beijar e adorar o que foi o preço da sua redenção.

 

4ª Parte Comunhão eucarística

Comungando o Corpo de Cristo, os fiéis lembram as palavras de S. Paulo: «Sempre que comerdes deste pão […] anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha» (1 Cor 11, 26).

 

 

 

Segue-se o canto de Vésperas e depois, a Procissão Teofórica do Enterro.  A Procissão Teofórica do Enterro é um cerimonial integrado na celebração que memora a morte de Cristo, que se realiza na tarde da Sexta-Feira Santa na Sé de Braga. Nesta impressionante procissão, o Santíssimo Sacramento, encerrado num esquife coberto de um manto preto, é levado pelas naves da Catedral — daí o nome de procissão teofórica (que transporta Deus) — sendo posteriormente deposto numa capela lateral onde é exposto à veneração. Este cerimonial, que se insere numa tradição medieval associada aos chamados ritos da depositio (deposição), terá sido introduzido na Sé de Braga no século XVI, dado que apenas é referenciado na versão do Rito Bracarense de 1558.

 

Os acompanhantes do préstito cobrem o rosto em sinal de luto. Dois meninos ou duas senhoras, alternando com responsórios do coro, cantam em latim e em tom de comovido lamento: «Heu! Heu! Domine! Heu! Heu! Salvator noster!» (Ai! Ai! Meu Senhor! Ai! Ai! Salvador nosso!)

Missa Crismal e Bênção dos Santos Óleos

18 de abril, quinta-feira Santa, 10h00  |  Sé Catedral

 

 

Neste dia a Igreja lembra o início da Paixão do seu Senhor, comemorando especialmente os seguintes acontecimentos: instituição do sacerdócio; instituição da Eucaristia; agonia de Jesus e seu julgamento. Embora discretamente, também se faz memória da antiga tradição das «endoenças» (indulgência ou perdão concedidos aos pecadores públicos).

 

 

Comemorando a instituição do sacerdócio, o Arcebispo Primaz faz-se acompanhar de todo o clero da Arquidiocese e com este, como presbitério participante do seu pleno sacerdócio, concelebra a Eucaristia. Durante a celebração, consagra os Santos Óleos, que serão levados pelos presbíteros para as suas paróquias a fim de servirem para ungir os batizandos e os doentes.

Missa Solene do Domingo de Páscoa

21 de abril, domingo de Páscoa, 11h30  |  Sé Catedral

 

Todo o Domingo é um dia pascal, porque simboliza e evoca, no ritmo cristão das semanas, o primeiro dia do mundo novo inaugurado com a Ressurreição de Cristo. O Domingo de Páscoa é, nesse sentido, o paradigma de todos os domingos. Por isso proclama a Liturgia: — «Este é o dia que o Senhor fez! Exultemos e cantemos de alegria!» Por isso também, nele, a Igreja celebra com especial solenidade a Eucaristia, memorial que recorda aquele mistério.

 

 

Visita Pascal aos Paços do Concelho

No âmbito da Cidade de Braga, esta visita é revestida de um significado especial.

Missa e Imposição das Cinzas

6 de março, quarta-feira, 21h30  |  Sé Catedral

Celebração da eucaristia.

Coincide com o dia seguinte à terça-feira de Carnaval e é o primeiro dos 40 dias (Quaresma) entre essa terça-feira e a sexta-feira Santa, anterior ao domingo de Páscoa. As cinzas utilizadas neste ritual provêm da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. A estas cinzas mistura-se água benta. De acordo com a tradição, o celebrante desta cerimónia utiliza essas cinzas húmidas para sinalizar uma cruz na fronte de cada fiel, proferindo a frase “Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás” ou a frase “Convertei-vos e crede no Evangelho”.

Início da Quaresma.