11 de abril, sexta-feira, 21h30 | Igreja de São Marcos
Coro da Santa Casa da Misericórdia de Braga e Musicare
Direção Artística: Elisabete Matos e Hugo Torres
Organização: Santa Casa da Misericórdia de Braga
Coro da Santa Casa da Misericórdia de Braga e Musicare
Direção Artística: Elisabete Matos e Hugo Torres
Organização: Santa Casa da Misericórdia de Braga
Grupo de Cantares “Mulheres do Minho” e Grupo Coral Guadalupe e Porta Nova.
Organização: Junta de Freguesia e Paróquia de S. Victor
Orquestra do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian
Organização: Conservatório de Música Calouste Gulbenkian
Sendo uma das manifestações devocionais mais repetidas em Portugal, a Procissão dos Passos, além da ocorrência na cidade de Braga no domingo de Ramos, regista outros cerimoniais do mesmo género no território bracarense.
O dia da Páscoa da Ressurreição é vivido no norte de Portugal, e particularmente em Braga, inspirado numa multisecular tradição, que lhe confere um sentido festivo e celebrativo ímpar. Desde os primórdios, a Igreja promoveu a Bênção das Casas, em dias diferenciados segundo cada época e cada região, mas privilegiando o tempo pascal, numa referência à primeira Páscoa, e à providência de Deus assinalada nas soleiras do Egipto.
Mais tarde, em plena Idade Média, esta forma ritual de bênção torna-se mais solene. A dimensão geográfica das paróquias e a suficiência de clérigos, permitia colocar a visitação e a bênção de todos os lares no próprio dia de Páscoa. Tomou, por isso, o nome de Visita ou Compasso Pascal.
Em nossos dias, e pela estreita relação do único mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, celebrado ao longo do Tríduo Pascal, o grupo visitador é presidido pelo pároco (ou alguém por si delegado) e constituído por alguns membros da comunidade paroquial. Conservando o rito de bênção das casas, inclui também um momento de oração comunitária e familiar, e termina com o ósculo da Santa Cruz, ou outro sinal de adoração
Indica-se em seguida o programa da visita pascal das paróquias do centro da cidade.
Início da Visita Pascal com a Eucaristia às 8h00 da manhã. Termina a Visita Pascal pelas 13h00. Às 18h00 procissão desde a capela de Santo Adrião, integrando os 22 grupos da
visita pascal, até à Igreja Paroquial onde é celebrada a Eucaristia de Encerramento do Compasso.
Há celebração da Eucaristia às 8h00 e 17h30. O Compasso Pascal, composto por 26 grupos, visita as famílias com início às 9h00 e conclusão às 13h00.
8h00 | Maximinos
Na paróquia de Maximinos, a Visita Pascal faz-se de manhã. Começa com a Eucaristia às 8h00. Pelas 9h00, saída do compasso pascal que se prolonga até às 13h00. Eucaristia pelas 19h00.
Eucaristia com participação de todos os grupos de Visita Pascal. Às 9h30: saída de todos os grupos pelo centro Histórico e Urbanização das Parretas.
Visita Pascal à Câmara Municipal de Braga
Eucaristia na Catedral presidida por Sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Arcebispo
Eucaristia na Sé Catedral
A Visita Pascal inicia às 9h00. Da Igreja Paroquial partem 24 grupos de anúncio de Cristo Ressuscitado por todas as ruas e casas da Paróquia, terminando pelas 13h30. Às 18h30 inicia a Procissão das Cruzes, desde o Largo dos Penedos até à Igreja de São Vicente, onde é celebrada Eucaristia às 19h00.
A Visita Pascal inicia às 9h00 com saída dos Compassos Pascais, desde a Igreja Paroquial e da Capela das Religiosas do Sagrado Coração de Maria (num total de 27 grupos). Estes grupos recolhem às 12h30, para a celebração da Eucaristia, na Igreja de São Victor. Da parte de tarde, pelas 15h00, partem mais 14 grupos(e ainda outros 6 para fazer a Visita Pascal no Hospital de Braga). Por volta das 19h00 reúnem-se na Rua Elísio de Moura (junto da Farmácia Pimentel), de onde se dirigem, em solene procissão, para a Igreja Paroquial, concluindo com a celebração da Eucaristia.
Saída da Catedral de Braga de 4 grupos de Visita Pascal acompanhados por Banda de Música. Às 9h30 Eucaristia na Capela de Nosso Senhor das Ânsias, seguida de Visita Pascal na Urbanização da Quinta das Hortas.
Subida da Rua da Boavista (Cónega), em cortejo, dos 4 grupos de Visita, seguidos pelo povo, rumo à Catedral, onde há um tempo de adoração e Bênção do Santíssimo.
Todo o Domingo é um dia pascal, porque simboliza e evoca, no ritmo cristão das semanas, o primeiro dia do mundo novo inaugurado com a Ressurreição de Cristo. O Domingo de Páscoa é, nesse sentido, o paradigma de todos os domingos. Por isso proclama a Liturgia: — «Este é o dia que o Senhor fez! Exultemos e cantemos de alegria!» Por isso também, nele, a Igreja celebra com especial solenidade a Eucaristia, memorial que recorda aquele mistério.
Prática integrada na secular devoção de Nossa Senhora das Dores nesta Basílica. Decorre na noite do Sábado Santo, mais propriamente no final da celebração da Vigília Pascal, momento em que a imagem de Nossa Senhora é coroada, sendo-lhe retiradas as sete espadas em alusão à alegria da ressurreição.
Para a Vigília Pascal convergem todas as celebrações da Semana Santa e mesmo de todo o Ano Litúrgico. Lembrando a grande noite de vigília do povo hebreu no Egipto, aguardando a hora da libertação (Ex 12), nela celebram os cristãos a sua própria redenção pelo mistério da Ressurreição de Cristo. Por ela se realiza a grande Páscoa ou Passagem da morte para a vida ou do estado de perdição para o estado de salvação. É a vitória final de Deus, em Cristo, sobre o pecado, o mal e a própria morte. No plano espiritual, os cristãos apropriam-se da graça desta passagem pelo Batismo. Por isso, a liturgia batismal tem aqui um lugar de destaque.
A Vigília Pascal — chamada por Santo Agostinho «a mãe de todas as Vigílias» — é uma soleníssima celebração, muito rica de simbolismo global e de símbolos particulares: as trevas, a luz, a água, o círio pascal, a cor alegre dos paramentos, a explosão de som e luz.
Integra quatro partes e conclui com a Procissão da Ressurreição:
1ª Parte
Liturgia da Luz
Com Cristo ressuscitado, a Luz brilhou nas trevas. O círio pascal, que O simboliza, é benzido, conduzido em procissão e colocado diante da assembleia. Os participantes são convidados a terem nas mãos velas acesas, imitando aqueles servos de que fala o Evangelho (Lc 12, 35-37), os quais esperam, vigilantes, o seu Senhor que os fará sentar à sua mesa. Esta parte termina com o canto do Precónio (Pregão), anunciando solenemente a vitória de Cristo.
2ª Parte
Liturgia da Palavra
Narram-se os gestos maravilhosos de Deus na história da salvação, desde a Criação do mundo até ao grande gesto da «Nova Criação» pela ressurreição de Cristo, início e primícias de um mundo novo. As leituras são intercaladas por aclamações, a última das quais é o canto do Aleluia pascal. Ao cântico de Glória, a Catedral escurecida torna-se, de repente, uma explosão de luz.
3ª Parte
Liturgia Batismal
Invocam-se os santos, com o canto da Ladainha. Benze-se a água do Batismo, que é levada em procissão. Asperge-se o povo. Renovam-se as promessas do Batismo. Se há batizandos, é-lhes ministrado este Sacramento.
4ª Parte
Liturgia Eucarística
Celebração festiva da primeira Missa da Páscoa.
No final da Missa, o Santíssimo Sacramento, que estivera encerrado na urna com um manto negro, é colocado na custódia e trazido para o altar-mor. Organiza-se a Procissão da Ressurreição, própria do Rito Bracarense, pelas naves da Catedral. De novo no altar-mor, Cristo vivo na Hóstia branca abençoa todos os fiéis, que dele se despedem ouvindo e cantando o Regina Coeli, laetare (Rainha dos Céus, alegrai-vos), em modo de parabéns àquela que de Senhora das Dores se transformou em Senhora da Alegria.
Com alocução do Presidente.
Terminadas as Laudes os Capitulares presentes acolhem os penitentes que desejarem receber o Sacramento da Reconciliação (confissão).
Durante o dia, visita ao Santo Sepulcro (na capela de Nª Sra. do Sameiro, Sé Catedral) onde permanece a Sagrada Eucaristia.
À noite, também na Catedral, celebra-se a Vigília Pascal e procede-se à Procissão da Ressurreição.
Às 15h, em doze locais da cidade, há lançamento de morteiros assinalando a morte de Jesus. Convidam a um minuto de silêncio em Sua memória.
À mesma hora em que Cristo expirou, os cristãos celebram o mistério da sua Morte redentora. Não há Missa, como seu memorial, mas comemoração direta, integrando a sequência do atos seguintes:
1ª Parte Liturgia da Palavra
Leituras alusivas ao sacrifício de Cristo, intercaladas com cântico de salmos, e narração da Paixão de Jesus segundo S. João. O Bispo que preside profere a homilia, tradicionalmente conhecida como Sermão do Enterro.
2ª Parte Oração universal
Sequência de orações pelas necessidades da Igreja e do mundo.
3ª Parte Adoração da Cruz
Depois de conduzida, encoberta, ao Bispo Presidente, este proporciona ao povo a progressiva descoberta do seu mistério — «Eis o madeiro da Cruz!» — , ao mesmo tempo que o convida à sua adoração: — «Vinde, adoremos!». E todo o povo desfila, então, aproximando-se para beijar e adorar o que foi o preço da sua redenção.
4ª Parte Comunhão eucarística
Comungando o Corpo de Cristo, os fiéis lembram as palavras de S. Paulo: «Sempre que comerdes deste pão […] anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha» (1 Cor 11, 26).
Segue-se o canto de Vésperas e depois, a Procissão Teofórica do Enterro. A Procissão Teofórica do Enterro é um cerimonial integrado na celebração que memora a morte de Cristo, que se realiza na tarde da Sexta-Feira Santa na Sé de Braga. Nesta impressionante procissão, o Santíssimo Sacramento, encerrado num esquife coberto de um manto preto, é levado pelas naves da Catedral — daí o nome de procissão teofórica (que transporta Deus) — sendo posteriormente deposto numa capela lateral onde é exposto à veneração. Este cerimonial, que se insere numa tradição medieval associada aos chamados ritos da depositio (deposição), terá sido introduzido na Sé de Braga no século XVI, dado que apenas é referenciado na versão do Rito Bracarense de 1558.
Os acompanhantes do préstito cobrem o rosto em sinal de luto. Dois meninos ou duas senhoras, alternando com responsórios do coro, cantam em latim e em tom de comovido lamento: «Heu! Heu! Domine! Heu! Heu! Salvator noster!» (Ai! Ai! Meu Senhor! Ai! Ai! Salvador nosso!)