Procissão do Senhor «Ecce Homo»


Procissão do Senhor «Ecce Homo»

 

Organizada desde tempos antigos, esta procissão evoca o julgamento de Jesus, ao mesmo tempo que celebra a misericórdia por Ele ensinada. Abre o cortejo o exótico grupo dos farricocos com grosseiras vestes de penitência, descalços e encapuçados, de cordas à cinta, como outrora os penitentes públicos, uns empunhando matracas e outros alçando fogaréus (taças com pinhas a arder). Daí chamar-se também “Procissão dos Fogaréus”. Integrados na procissão, os fogaréus evocam os guardas que, munidos de archotes, foram, de noite, prender Jesus.

 

A imagem do Senhor “Ecce Homo” (ou “Senhor da cana verde”) representa o Cristo que se declarara rei e que o governador romano pôs a ridículo pondo-lhe na mão um simulacro de ceptro (uma cana verde). Foi assim que Pilatos o apresentou à multidão, dizendo: — “Eis aí o Homem!”.

 

Além de muitas figuras alegóricas da Ceia e do julgamento de Jesus, desde 2004 incorporam-se na procissão alegorias das catorze obras de misericórdia, bem como figuras históricas ligadas à fundação e à história das Misericórdias, especialmente à de Braga. Desde há alguns anos incorporam-se também várias Irmandades da Misericórdia de diversos pontos do País.

 

– Organização da Irmandade da Misericórdia –

 

Itinerário (ver também o mapa interativo)

 

Igreja da Misericórdia — Rua D. Diogo de Sousa — Arco da Porta Nova — Av. S. Miguel-o-Anjo — Rua D. Paio Mendes — Rua D. Gonçalo Pereira — Largo de S. Paulo — Largo de Paulo Orósio — Rua do Alcaide — Campo de Santiago — Rua do Anjo — Rua de S. Marcos — Largo Barão de S. Martinho — Rua do Souto — Largo do Paço — Igreja da Misericórdia.

 

 

Trasladação do Senhor dos Passos e Via Sacra

A noite do sábado antes de Ramos é como uma primeira Vigília, de carácter penitencial, a preparar a Semana Santa, tal como, no sábado seguinte, a Vigília Pascal será a celebração festiva do triunfo de Jesus sobre a morte.

 

21h30 – Procissão em que se faz a trasladação da imagem do Senhor dos Passos, da Igreja de Santa Cruz para a Igreja do Seminário, percorrendo a Rua do Anjo, Largo de Santiago (onde serão cantados o Miserere e outros motetes), e Largo de S. Paulo.

 

22h00 – Recolhida a Procissão, segue-se a Via Sacra, com o povo cantando os «Martírios» e percorrendo, pela sua ordem, as seguintes «estações» ou «calvários», em que estão representados oito dos «passos» de Cristo no seu caminho para o Calvário. Estes têm a seguinte identificação e localização:

 

1ª Estação – Jesus toma a sua cruz
Largo de São Paulo

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2ª Estação – Jesus encontra Sua Mãe
Largo de Santiago

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3ª Estação – Jesus cai por terra
Rua de S. Paulo

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4ª Estação – A Verónica limpa o rosto de Jesus
Rua D. Paio Mendes

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5ª Estação – A caminho do Calvário
Casa do Igo (Campo das Carvalheiras)

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6ª Estação – Jesus consola as mulheres de Jerusalém
Arco da Porta Nova

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7ª Estação – Segunda queda
Largo do Paço

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8ª Estação – Jesus é pregado na cruz
Casa dos Coimbras

 

O andor do Senhor dos Passos recolhe à igreja do Seminário (S. Paulo), de onde sairá no dia seguinte a Procissão dos Passos.

 

 

Benção e Procissão dos Ramos

O Domingo de Ramos é o pórtico de entrada na Semana Santa. Neste dia, a Igreja comemora a entrada de Jesus em Jerusalém, para consumar o seu mistério pascal. É uma entrada que prefigura e preludia a sua entrada, pela Ressurreição gloriosa, na Jerusalém Celeste. Jesus, porém, quis chegar ao triunfo passando pela Paixão e Morte. Por isso se lê, na Missa de Ramos, o evangelho da Paixão. Os fiéis são convidados a olhar para Jesus, o qual «sofreu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os seus passos» (1 Pd 2, 21).

 

11h00 — Na igreja do Seminário, o Arcebispo procede à solene bênção dos ramos.

 

11h15 — Em seguida, desfila a Procissão dos Ramos em direcção à Catedral, percorrendo a Rua D. Gonçalo Pereira. Qual o seu significado? Cinco dias antes da morte, Jesus, manso e humilde, montado num jumentinho, desceu do Monte das Oliveiras em direcção a Jerusalém. O povo saiu-lhe ao encontro, atapetando o caminho com os seus mantos e com ramos de árvores. As crianças e todo o povo aplaudiam-no com entusiasmo: «Hossana ao Filho de David! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hossana nas alturas!».

À entrada da catedral, o Arcebispo ritualiza a entrada de Jesus em Jerusalém (segundo o antigo costume do Rito Bracarense), com o diálogo entre Jesus e os guardiões da cidade, a cujas três batidas na porta, com a cruz, são sensíveis e abrem os pórticos antigos.

 

11h30 — Segue-se a entrada na catedral, onde o Arcebispo celebra a solene Missa do Domingo de Ramos.

 

 

Procissão dos Passos

A solene Procissão dos Passos oferece aos espectadores, em quadros alegóricos e encenação dramática, o mesmo que, na Missa de Ramos foi lido no evangelho da Paixão e recorda-nos que Jesus «sofreu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os seus passos» (1 Pd 2, 21). Nela desfilam as figuras que intervieram no julgamento, condenação e morte de Jesus: soldados, algozes e inimigos; mas também Cireneus amigos, Madalenas arrependidas e piedosas mulheres. O próprio Jesus, o «Senhor dos Passos», levando a cruz às costas, atravessa as ruas da Cidade, como outrora percorreu as de Jerusalém.

 

Junto à igreja de Santa Cruz, tem lugar o Sermão do Encontro e, no decurso deste, os ouvintes assistem ao comovente encontro de Jesus com sua Mãe Dolorosa, a «Senhora das Dores». 

 

Itinerário

Segue o itinerário dos «Passos» ou «Calvários»: igreja do Seminário > Largo de Paulo Orósio > Rua do Alcaide > Campo de Santiago > Rua do Anjo > Largo Carlos Amarante (contornando-o) >  Largo de S. João do Souto > Rua D. Afonso Henriques > Rua D. Gonçalo Pereira > Rua D. Paio Mendes > Av. S. Miguel-o-Anjo > Arco da Porta Nova > Rua D. Diogo de Sousa > Largo do Paço >  Rua do Souto > Largo do Barão de S. Martinho e Rua de S. Marcos, recolhendo à igreja de Santa Cruz.  
[Veja também o mapa, na página inicial deste sítio]

 

– Organizada pela Irmandade de Santa Cruz –

 

 

Cortejo bíblico “Vós sereis o meu povo” (Procissão de Nossa Senhora «da burrinha»)

Este eloquente cortejo, organizado desde 1998, e popularmente conhecido como “Procissão de Nossa Senhora «da burrinha»”, apresenta a pré-história do Mistério Pascal de Jesus que a Igreja celebra nos dias seguintes. Desde o chamamento de Abraão, passando pela era dos Patriarcas, pela escravidão no Egipto e gesta libertadora de Moisés (prefiguração de Cristo), até à infância de Jesus, incluindo a sua fuga para aquele país com José e Maria com o Menino montada numa burrinha, desfilam, em sucessão cronológica e em verdadeira catequese viva, profetas, reis, figuras eminentes, símbolos e quadros bíblicos do Antigo Testamento. No essencial, assim é figurada a Aliança de Deus com o seu povo ― «Vós sereis o meu povo» ― e prefigurada a Nova Aliança que será selada com o sangue de Cristo.

 

Itinerário

Igreja de S. Victor > Largo da Senhora-a-Branca > Avenida Central (lado norte) > Largo de S. Francisco > Rua dos Capelistas > Rua Justino Cruz > Rua do Souto > Largo do Barão de S. Martinho > Avenida Central (lado sul) > Largo da Senhora-a-Branca e recolhe à igreja de S. Victor.

 

– Paróquia de S. Victor e Junta de Freguesia de S. Victor – 

 

 

Procissão do Senhor «Ecce Homo»

Organizada desde tempos antigos pela Irmandade da Misericórdia, a Procissão do Senhor «Ecce Homo» evoca o julgamento de Jesus, ao mesmo tempo que celebra a misericórdia por Ele ensinada.

 

Abre o cortejo o exótico grupo dos farricocos com grosseiras vestes de penitência, descalços e encapuçados, de cordas à cinta, como outrora os penitentes públicos, uns empunhando matracas e outros alçando fogaréus (taças com pinhas a arder). Daí chamar-se também «Procissão dos Fogaréus». Integrados na procissão, os fogaréus evocam os guardas que, munidos de archotes, foram, de noite, prender Jesus.

 

A imagem do Senhor «Ecce Homo» (ou «Senhor da cana verde») representa o Cristo que se declarara rei e que o governador romano pôs a ridículo pondo-lhe na mão um simulacro de ceptro (uma cana verde). Foi assim que Pilatos o apresentou à multidão, dizendo: ― «Eis aí o Homem!» («Ecce Homo»).

 

Além de muitas figuras alegóricas da Ceia e do julgamento de Jesus, desde 2004 incorporam-se na procissão alegorias das catorze obras de misericórdia, bem como figuras históricas ligadas à fundação e à história das Misericórdias, especialmente à de Braga. Desde há alguns anos incorporam-se também várias Irmandades da Misericórdia de diversos pontos do País.

 

Itinerário

Igreja da Misericórdia > Rua D. Diogo de Sousa > Arco da Porta Nova > Av. S. Miguel-o-Anjo > Rua D. Paio Mendes > Rua D. Gonçalo Pereira > Largo de S. Paulo > Largo de Paulo Orósio > Rua do Alcaide > Campo de Santiago > Rua do Anjo > Rua de S. Marcos > Largo Barão de S. Martinho > Rua do Souto > Largo do Paço e recolhe à Igreja da Misericórdia.
[Veja também o mapa, na página inicial deste sítio]

 

– Organizada pela Irmandade da Misericórdia –

 

 

Procissão do Enterro do Senhor

A imponente Procissão do Enterro do Senhor ― de todas a mais solene e comovente ― leva pelas ruas da Cidade o esquife do Senhor morto. É precedido por um andor com a cruz despida e seguido pelo da Senhora das Dores. Acompanham-no aquelas e outras irmandades, cavaleiros das Ordens Soberana de Malta e do Santo Sepulcro de Jerusalém, Capitulares da Sé, corporações diversas e autoridades. Em sinal de luto, os Capitulares e os membros das Confrarias vão de cabeça coberta. Para mostrar a sua dor, as figuras alegóricas ostentam um véu de luto. As matracas dos farricocos vão silenciosas. As bandeiras e estandartes, com tarja de luto, arrastam-se pelo chão.

 

Itinerário

Sé Catedral > Rua D. Gonçalo Pereira > Largo de S. Paulo > Largo de Paulo Orósio > Rua do Alcaide > Campo de Santiago > Rua do Anjo > Rua de S. Marcos > Largo Barão de S. Martinho > Rua do Souto > Largo do Paço > Rua D. Diogo de Sousa > Arco da Porta Nova > Av. S. Miguel-o-Anjo > Rua D. Paio Mendes e recolhe à Sé Catedral.

 

– Organizada pelo Cabido da Catedral, Irmandade da Misericórdia, Irmandade de Santa Cruz e Comissão da Semana Santa – 

 

 

IV Cortejo dos Guiões dos Passos do Concelho de Braga

É já hoje, sábado, que a Irmandade do Mártir São Vicente de Braga e respectiva Comunidade Paroquial levam a efeito o ‘III Cortejo de Guiões dos Passos do Concelho de Braga’, que conta com a participação das freguesias de Cabreiros, Celeirós, Crespos, Figueiredo, Real e da Irmandade de Santa Cruz de Braga.

 

Depois de terem estado expostos na Igreja paroquial de São Vicente, os Guiões seguem amanhã em Cortejo até à Sé Catedral onde ficarão em exposição até ao ‘Domingo de Pascoela’, dia 12 de abril. Com saída marcada para as 16h:00, o cortejo inicia-se no adro da Igreja de São Vicente, seguindo pela rua de São Vicente, Largo dos Penedos, rua dos Chãos, Largo de São Francisco, rua dos Capelistas, rua Justino Cruz, rua do Souto, rua do Cabido até à Sé Catedral.
Com esta iniciativa, a Irmandade do Mártir São Vicente pretende congregar e rematar na cidade, através deste Cortejo de Guiões, o ciclo de procissões de Passos, levado a efeito pelas paróquias do arciprestado/concelho de Braga, durante o período quaresmal, reunindo assim num só cortejo processional, todos os Guiões que abrem as Procissões dos Passos que se realizam no Concelho de Braga, bem como, divulgar e promover junto dos bracarenses (citadinos e não só), turistas e demais visitantes que, por ocasião da Semana Santa ocorrem a Braga, todo um vasto património – material e imaterial -, inerente a estas manifestações de fé e religiosidade.

 

Além dos Guiões (estandarte que abre as Procissões) e demais bandeiras alusivas à quadra, cada Irmandade/Paróquia faz-se também representar no Cortejo, com um quadro bíblico mais significativo das suas Procissões e dos respectivos agrupamentos escutistas com as suas fanfarras.

 

Os Passos e a simbologia das Três cruzes

 

Este ano, pela primeira vez, o ‘Cortejo de Guiões’ integra ainda um conjunto de três cruzes – no início, a meio e no fim -, que pretendem significar a Paixão a Morte e a Redenção de Cristo.