Semana Santa inaugura exposição e lança concurso de fotografia

Decorreu hoje, dia 16 de março, pelas 15h, na Fonte do Ídolo, Braga, a inauguração da exposição de fotografia dos trabalhos premiados na edição anterior do concurso “A Semana Santa de Braga”.

 

A exposição está patente até ao próximo dia 5 de abril, de segunda a sexta, das 9h30 às 13h e das 14h às 17h30, e aos sábados, das 11h às 17h30. A entrada é livre.

 

“De facto, as cerimónias da Semana Santa são sempre as mesmas, mas esta exposição tem a particularidade de permitir, graças à arte e ao engenho dos concorrentes premiados, ensaiar novos olhares, que acabam por dar detalhes da Semana Santa, que passavem despercebidos”, disse o cónego Luís Miguel Rodrigues, presidente da Comissão da Quaresma e Solenidadades da Semana Santa de Braga.

 

Na mesma ocasião, foi anunciado o lançamento da 10ª edição desta iniciativa, inserida no programa cultural da Semana Santa de Braga.

 

Sobre a iniciativa
A Comissão da Semana Santa promove anualmente o Concurso de Fotografia subordinado ao tema “A Semana Santa de Braga”. Este tem como objectivo sensibilizar todos os amantes da fotografia para o tema em particular, e em geral para esta época tão especial da cidade de Braga, bem assim como estimular e difundir a criatividade na arte da fotografia.

 

Um outro objectivo da Comissão é promover um “banco de imagens”, guardando, para memória futura, algumas das melhores imagens de cada ano.

 

Eeste evento, que se foi afirmando, ao longo de 9 edições, pela qualidade, credibilidade, e dimensão, é já um dos eventos mais aguardados do habitual programa cultural da Semana Santa de Braga.

 

 

 

Sobre a edição deste ano
O Concurso de Fotografia cumpre este ano dez anos de existência.

 

A Comissão referiu alguns números que, embora não esgotem tudo quanto se possa dizer sobre a iniciativa ao longos dos anos, são avançados em jeito de balanço, porque interessantes e relevantes:

 

— Valor dos prémios atribuídos aos longo das várias edições (incluindo este ano): 20.000 €. Este valor não inclui os custos de organização, que rondam número idêntico.

— O número total de concorrentes ultrapassa os 900.

— E o número de fotos recebidas a concurso ultrapassam as 6.000.

 

Os interessados em participar, devem proceder a inscrição prévia (limitado a 250 concorrentes!). Esta, decorre de 22 de março a 4 de abril. Para submeter as fotografias a concurso, há um prazo também definido: de 6 a 11 de abril. Ambas as inscrições têm que ser realizadas em formulário próprio, dentro dos respetivos prazos, disponível para o efeito no site oficial www.semanasantabraga.com.

 

Como habitual, a iniciativa conta com o patrocínio exclusivo da prestigiada marca Canon, reconhecidamente ligada ao mundo da fotografia. O jornal Diário do Minho é, desde alguns anos, media partner. O Concurso conta ainda com o apoio da entidade regional de turismo Porto e Norte de Portugal e da loja FNAC de Braga.

 

Os prémios, como vem sendo hábito, são muito aliciantes:

1º prémio: EOS 77D C/ 18-135 IS Pack, no valor de 1.249 €
2º prémio: EOS M50 BLK 15-45 IS STM, no valor de 749 €
3º prémio: EOS 2000D 18-55 IS II, no valor de 539 €

 

As menções honrosas e os primeiros prémios recebem uma assinatura digital do Diário do Minho.

 

Este ano, todo os concorrentes terão, a pedido, direito a diploma de participação.

 

O Regulamento e outras informações estão disponíveis no site oficial.

 

O membro da Comissão presente na inauguração, Abel Rocha, deixa por último um apelo a todos os amantes da fotografia para fazerem desta décima edição, em que se cumpre o décimo aniversário, a melhor edição de sempre.

 

Regulamento e mais informações sobre a iniciativa, aqui.

Quaresma «TESTEMUNHOS» / Lúcia Simões

O Diário do Minho, em colaboração com a Comissão da Semana Santa de Braga, inicia hoje a publicação de uma série de testemunhos de figurantes sobre a sua participação nas procissões. O objetivo é envolver a comunidade bracarense nos eventos previstos no programa.

 

Lúcia Simões, natural da freguesia de S. Victor, participa há cerca de 15 anos no cortejo bíblico “Vós sereis o meu povo”, que sai à rua no dia 28 de março.

 

«Participo quase desde o início», realça, orgulhosa, Lúcia, que integra o quadro principal do cortejo, a Fuga da Senhora para o Egito, onde a figura de Maria é carregada por uma burrinha.
Aos 46 anos, salienta que é um «grande privilégio e prazer» incorporar esta procissão onde segura um archote pequeno e que considera uma «verdadeira lição de catequese ao vivo».

 

A morar em S. Victor, Lúcia Simões é funcionária do Centro Social da Paróquia de S. Victor e todos os anos nota um guarda-roupa mais rico e diversificado.  «Há um quadro ou outro que em cada ano é preciso reforçar, fazendo outras vestes, porque cada vez há mais pessoas a participar», refere.

 


«É um privilégio entrar neste cortejo»

Segundo Lúcia Simões, os figurados do cortejo bíblico “Vós sereis o meu povo” partilham do mesmo espírito e os mais antigos procuram integrar da «melhor forma» os voluntários que chegam pela primeira vez.

 

«As pessoas nesse dia estão sorridentes, alegres e com entusiasmo. Além de ser um convívio entre nós, há pessoas que só vemos de ano a ano, por altura da procissão, e é um grande prazer reencontrá-las», descreve.

 

Outro aspeto importante que marca este cortejo é a crença e a fé, e a vontade de transmitir esse sentimento através desta catequese ao vivo. No entender de Lúcia, mãe de dois filhos, as pessoas que se concentram nas ruas, entre a freguesia de S. Victor e o centro da cidade, para ver a procissão têm demonstrado respeito por esta encenação na quarta-feira da Semana Santa, e já não se houve tanto ruído de fundo nem agitação.

 

«Houve anos em que notámos comportamentos menos apropriados, mas ultimamente sente-se que há respeito, as pessoas que vão ver a procissão respeitam cada vez mais esta representação religiosa», acrescenta.

 

Com 22 quadros bíblicos, o cortejo bíblico “Vós sereis o meu povo” conta este ano com cerca de 1000 figurados provenientes de Braga e de outras localidades em redor, bem como de cidades mais distantes como, por exemplo, Lisboa e Porto.

 

[Fonte: Diário do Minho]

Escultura da Burrinha assinala 20 anos de retoma da procissão

Para assinalar os 20 anos de retoma da Procissão da Burrinha, vai ser erguida, em 2019, uma escultura no Largo da Senhora a Branca. Pombinha é o nome da burrinha da procissão deste ano

 

A Procissão da Burrinha corre sobras rodas. A afirmação feita ontem pelo pároco de S. Victor, Sérgio Torres, na apresentação da da Procissão da Burrinha – Vós Sereis o meu povo que este ano apresenta um cartaz sui generis, desenhado pelo escritor e ilustrador Pedro Seromenho, que idealizou as figuras de Nossa Senhora com o Menino ao colo, S. José e a burrinha com um manto colorido e sobre rodas. Trata-se de um cartaz que apela ao imaginário infantil e que, segundo Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, visa precisamente fazer chegar a mensagem ao público infanto-juvenil.

 

Na conferência de imprensa de apresentação da procissão, que este ano assinala 20 anos da retoma da burrinha, o padre reforçou o compromisso de um forte empenho da comissão em valorizar, cada vez mais, esta procissão, e tudo o que é o património de uma comunidade que se estende a toda a cidade e de uma forma muito particular da Semana Santa em Braga, realçando a multidão que todos anos acompanham as procissões da Semana Santa.
Por sua vez, Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, salientou o facto de esta apresentação decorrer no Dia da Mulher, lembrando o papel importante da mulher e o quadro número 18 que é o da fuga para o Egipto é centrado na burrinha, mas o tema é o quadro da família, onde Maria assume o papel central.

 

O cortejo bíblico envolve cerca de mil figurantes que vão dar corpo e alma aos 22 quadros que compõem a Procissão da Burrinha que sai à rua no dia 28.

 

Uma das novidades este ano é poder acompanhar a procissão em tempo real, através de uma aplicação, que vai permitir ter um estimativa de quanto tempo a procissão demora a chegar à sua posição da pessoa e saber em tempo real o quadro que está à sua frente.

 

De olhos postos no futuro, Ricardo Silva anunciou uma escultura alusiva à procissão da Burrinha como forma de assinalar o 20.º aniversário de retoma da procissão. Desafiamos o escultor bracarense, Alberto Vieira, para desenhar a escultura, que iremos tentar candidatar ao orçamento participativo do município de Braga, explicou o autarca de S. Victor, assegurando que, com ou sem orçamento participativo, a escultura será erguida, em 2019, no Largo da Senhora a Branca.

 

Na ocasião, a vereadora da Cultura, Lídia Dias, salientou a união de toda a comunidade em tirno deste projecto, que agrega a paróquia e a junta de freguesia, sublinhando o carácter educativo e pedagógico que está sempre presente em todas as acções.

 

O sub-comissário da PSP, António Ochoa, deixou alguns conselhos à população para o dia da procissão, no sentido de reforçar as medidas de auto-protecção e evitar estacionar os automóveis fora do percurso da procissão.

 

Durante a Semana Santa, decorrem visitas guiadas, pelos alunos da Profitecla, às Igrejas de S. Victor e à Capela de Nossa Senhora Guadalupe, num roteiro acessível a todos.

 

[fonte: Correio do Minho]

Avaliação do Impacto Económico da Semana Santa 2017

A Semana Santa de Braga teve, em 2017, um impacto económico de 9,5 milhões de euros. Esta é a principal conclusão de um estudo que a Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga encomendou à Universidade do Minho (UMinho) com o objetivo de saber ao pormenor qual a importância deste período para o dinamismo económico da cidade. O estudo, da autoria de uma equipa da Escola e Economia e Gestão (EEG), liderada por João Cerejeira, esclarece que o impacto económico global estimado, durante este período ascende aos 15 milhões de euros, mas destes apenas 9,5 milhões, são diretamente imputáveis à Semana Santa, depois de deduzido o impacto do turismo em Braga durante uma semana normal na mesma época do ano.

 

A avaliação foi ontem apresentada na Sala Capitular da Sé de Braga, tendo sido revistos, ao pormenor, todos os valores a que se chegou com base em dados primários, obtidos através da aplicação de questionários aos visitantes e aos agentes económicos da cidade durante o período da Semana Santa 2017, complementados com informação sobre o impacto mediático do evento.

 

Durante a apresentação João Cerejeira corroborou, com base no referido estudo, a relevância da cidade de Braga enquanto destino de turismo cultural e religioso. «Nós estimamos um efeito global, somando o efeito na restauração, no comércio, mais o impacto mediático, em torno dos 15 milhões de euros, um contributo para o Produto Interno Bruto (PIB) em torno dos 7 milhões de euros e também um acréscimo das receitas fiscais para o Estado em torno dos dois milhões de euros», afirmou.

 

Segundo o investigador, a atividade turística desta semana foi posteriormente comparada com a atividade realizada em outras semanas habituais da vida turística da cidade, tendo-se chegado
à conclusão que o efeito líquido direto imputável à Semana Santa é de 9,5 milhões de euros.

 

Este último valor representa o efeito sobre o volume de negócios e traduz um impacto direto gerado pelas despesas dos visitantes, de cerca de 2,9 milhões de euros, o qual, somados os impactos indiretos e induzidos, aumenta para 7,5 milhões de euros, considerando o efeito global. O diferencial resulta ainda da consideração de um impacto mediático na ordem dos 2 milhões de euros.

 

«Efetivamente são valores muito interessantes e até comparando com outras semanas santas na Península Ibérica, a Semana Santa de Braga não fica muito atrás das outras cidades, pelo contrário», afirmou João Cerejeira, considerando que «por um lado, traz divisas, e por outro, transforma a vida da cidade, tornando-a muito mais ativa, muito mais cosmopolita».

 

O presidente da Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, cónego Luís Miguel Rodrigues, esclareceu que «a Comissão encomendou este estudo com o objetivo de avaliar
e perceber melhor cada componente destas comemorações, qual o seu peso e qual o seu impacto junto da população».

 

«Os resultados são muito favoráveis para nós. Estamos muito agradecidos pelo facto de termos sido capazes de saber prestar este serviço à cidade e à região, sendo este um resultado que nos alegra e também nos responsabiliza», argumenta.

 


Estrangeiros de 30 nacionalidades visitam Braga

O estudo destaca no perfil do visitante o peso dos visitantes estrangeiros (60%), distribuídos por cerca de 30 nacionalidades diferentes, tendo como principais países de origem Espanha (36%) e Brasil e França (6% cada).

 

Destaque ainda para uma significativa proporção de visitantes com idades compreendidas entre os 45 e os 64 anos (45%) e com nível de escolaridade superior (entre 55% nacionais e 73% estrangeiros), que realizam uma despesa média diária de 79 euros.

 

Dos visitantes, 32% são excursionistas, ou seja, não ficam alojados fora da sua residência, e dos turistas 69% pernoitam numa unidade hoteleira, mas apenas 38% numa unidade hoteleira em Braga.

 

João Cerejeira considera, por isso que, havendo dias em que a taxa de ocupação turística dos hotéis ronda os 95%, estes números significam que «há aqui margem de crescimento para a oferta turística em Braga».

 

Semana Santa «é um bom investimento»

O presidente da Comissão da Quaresma, cónego Luís Miguel Rodrigues, considera que cabe às empresas aproveitarem esta margem, uma vez que o que a Comissão pretende com este estudo é «compreender a Semana Santa e fazer com que ela seja participada e vivida da melhor forma».

 

Considera, porém, que estes resultados legitimam o pedido de colaboração que a Comissão tem feito aos empresários e comprovam que «a Semana Santa é, portanto, um bom investimento».

 

 

O estudo completo pode ser baixado aqui

Também está disponível um “Sumário Executivo” aqui.

Quaresma «TESTEMUNHOS» / Juliana Machado

O Diário do Minho, em colaboração com a Comissão da Semana Santa de Braga, inicia hoje a publicação de uma série de testemunhos de figurantes sobre a sua participação nas procissões. O objetivo é envolver a comunidade bracarense nos eventos previstos no programa.

 

Juliana Machado participa em procissões da Semana Santa de Braga como figurado há cerca de dez anos. Ora entra na procissão do Enterro do Senhor, na Sexta-feira Santa, organizada pelo Cabido da Catedral, Irmandades da Misericórdia e de Santa Cruz e Comissão da Semana Santa, ora no cortejo bíblico “Vós sereis o meu povo”, organizada, desde 1998, pela Paróquia e pela Junta de Freguesia de S. Victor. Para esta última procissão costuma levar os filhos, António e Constança.

 

O seu contributo não se cinge a uma única personagem ou quadro. «Normalmente, quando vou fazer a reserva do meu lugar na procissão é o que está livre, não tenho preferência por alguma personagem, porque a minha intenção é participar», adianta.

 

A presença de Juliana nas procissões da Semana Santa de Braga deve-se a uma promessa pessoal feita quando a filha nasceu, por sinal, no período da Quaresma, e também ao seu desejo de viver, a cada ano, esta experiência de cunho religioso.

 


«São momentos muito especiais»

«Eu sempre assisti a esta procissão e, a partir do momento em que cumpri a promessa, quis continuar a participar nesta tradição da cidade», conta.
Juliana Machado pretende com este seu sinal passar o testemunho às novas gerações, nomeadamente aos seus filhos. «Acho importante as pessoas participarem, não só as da cidade, mas também as que vêm de fora. Aconselho a todos a viver esta experiência», declara.

 

Juliana ainda se lembra da sua primeira procissão do Enterro do Senhor. «Foi um momento único, principalmente a chegada à Sé», conta. Segundo esta jovem bracarense, nas procissões da Semana Santa de Braga «vivem-se vários sentimentos e são momentos muito especiais». Afirma que os figurados comungam do mesmo espírito e é a fé que os leva a participar. «Essa componente é essencial», refere.

 

Para a procissão noturna da Sexta-feira Santa os figurados não têm que levar vestes nem nenhum acessório. Basta fazerem antecipadamente a reserva do lugar.

 

[Fonte: Diário do Minho]

Mater Dolorosa patente até final do mês na reitoria

A exposição “Mater Dolorosa na cidade de Braga” foi inaugurada esta segunda-feira no hall do Salão Medieval da reitoria da Universidade do Minho e pode ser visitada até 30 de Março. O historiador bracarense, Rui Ferreira, refere que esta mostra é a revisitação às origens da Senhora das Dores. “O público pode redescobrir as origens da Mater Dolorosa que teve em Braga, na actual Basílica dos Congregados, um ponto de partida para o país através do sacedorte oratoriano Matinho Pereiral. Os Congregados, através deste padre, também tiveram aqui um papel importante no país no culto da Nossa Senhora das Dores, especial no Minho”, referiu, acrescentando que “há todo um grande trabalho a percorrer de investigação sobre a Mater Dolorosa de Braga”.

 

Composta por 10 passos explicativas da “Dolorosa Senhora”, a exposição é uma organização da Câmara Municipal de Braga, Universidade do Minho e da Comissão da Quaresma e Solenidade Santa de Braga, sendo mesmo a primeira vez que se realiza. “Todas a exposições conseguem esse aspeto único, neste caso documental, mas também há uma riqueza enorme de diferentes visões do que é a Semana Santa e Páscoa através de diferentes trabalhos que dão a conhecer aspetos da nossa história”, apontou Lídias Dias, vereadora da cultura.

 

Partir do cultural para o mistério da Fé é outro dos objetivos da Mater Dolorosa. O cónego Avelino Amorim, da Comissão da Semana Santa de Braga, refere que a exposição “se apresenta na cidade de Santa Maria num percurso que se manifesta de diferentes formas”. “Vemos isto aqui na questão da música, mas também na etnografia. Em Braga, logicamente, a cidade de Santa Maria tem uma riqueza enorme nesta expressão com a Procissão da Burrinha que tem na sua génese as Dores de Maria”, explicou.

 

[Fonte: RUM]

Peças da família Ramalho no Museu da Sé

O Tesouro-Museu da Sé de Braga tem patente ao público uma exposição de artesanato, inserida na programação das Solenidades da Quaresma e Semana Santa.

 

Intitulada “Ecce Agnus Dei”, a mostra, inaugurada ontem, com a presença
do diretor do Tesouro-Museu e do presidente da Comissão da Semana Santa de Braga, reúne um conjunto de 14 peças
de cerâmica dos artesãos barcelenses Júlia Ramalho e do seu filho António Ramalho, representando essencialmente a temática da Paixão e Morte de Jesus na Cruz. Há também peças dos Farricocos, da Senhora da Misericórdia e da Sagrada Família.

 

Todas estas peças (11 vendáveis e três de coleção particular) foram modeladas em barro branco e com acabamento vidrado de cor castanho – técnica caraterística do trabalho da família Ramalho –, exceto três Cristos que estão pintados a verde.

 

Na altura da inauguração, o diretor do Tesouro-Museu da Sé, o cónego José Paulo Abreu, agradeceu e elogiou a qualidade destes trabalhos que perpetuam um «saber fazer» transmitido por Rosa Ramalho, figura emblemática da olaria nacional, e convidou o público a visitar a exposição.

 

«Espero que venha muita gente, porque o Mostra está patente até ao dia 3 de abril que aqui está exposto é realmente digno de visita», disse o responsável.

 

Também o presidente da Comissão da Semana Santa, o cónego Luís Miguel Rodrigues, a quem coube dar as boas-vindas aos presentes, enalteceu esta exposição, “Ecce Agnus Dei”, que pode ser visitada até ao dia 3 de abril, na Sala de Serviço Educativo/Exposições do Tesouro-Museu da Sé, cujo acesso é feito pela rua D. Diogo de Sousa, n.º 114.

 

[Fonte: Diário do Minho]

O olhar da Páscoa em Braga pela lente de Alfredo Cunha

Uma exposição com 26 imagens a preto e branco captadas pelo fotojornalista Alfredo Cunha mostram quase duas décadas de acompanhamento da Semana Santa.

 

Intitulada ‘Páscoa/Braga – 1996 – 2017’, a exposição foi inaugurada no passado dia 2 de março, no Museu da Imagem.

 

“Partiu de um convite da vereadora da cultura para apresentar projectos sobre Braga porque parece que havia um certo cansaço do estrangeirismo que reinava, daí a aposta na fotografia portuguesa, nomeadamente de Braga”, explicou o fotojornalista Alfredo Cunha, adiantando que estão na forja outros projectos sobre a cidade, nomeadamente a elaboração de um livro que envolve vários fotógrafos de Braga.

 

Para a vereadora da Cultura, Lídia Dias, “esta exposição traz uma visão mais alargada da Semana Santa, traduzindo-se numa enorme riqueza, através da lente do Alfredo Cunha, com uma carga emocional muito forte que fala por elas”.

 

Fruto de uma exaustiva selecção, o autor apresenta as melhores imagens do cerimonioso secular e dos rituais da região envolvente que identificam a comunidade nas diferentes manifestações de profunda religiosidade.

 

Fotografias que ficarão certamente na história de Braga e do Museu da Imagem e marcarão com especial emoção os bracarenses e os turistas que podem apreciar esta mostra que está parente no museu às portas da cidade.

 

[Fonte: Correio do Minho]

Nota pastoral sobre o tríduo pascal e compasso

Tendo em vista a redescoberta da identidade cristã, expressa na celebração e vivência da fé, visível no exercício da caridade e animada pela esperança, a celebração do tríduo pascal merece, por parte de todas as comunidades cristãs, uma atenção privilegiada. É importante que seja entendida e sentida como a mãe de todas as celebrações para a qual, ao longo do ano litúrgico, nos orientamos e a partir da qual nos renovamos em Cristo. A Páscoa deve, por isso, ser uma oportunidade para, dentro e fora das igrejas, encontrarmos caminhos de nova evangelização que estimulem à presença de Cristo Ressuscitado na História da Humanidade.

 

É de louvar o intuito da Semana Santa de Braga de suscitar nas comunidades da cidade esta responsabilidade de vivência pascal, sobretudo nas eucaristias e nos tradicionais compassos. De modo semelhante, todas as comunidades da nossa Arquidiocese deveriam programar as suas actividades segundo esta lógica. Na ausência do encontro real e festivo com Jesus, nenhuma tradição é válida por si mesma.

 

Gostaria, neste sentido, de recordar uma determinação do nosso Sínodo Diocesano. “Valorize-se a celebração da Eucaristia como centro da vida cristã, nos domingos e dias festivos, particularmente no Domingo de Páscoa. Este dia seja vivido em ambiente de festa, preparado através de um tríduo celebrado com dignidade e empenho por toda a comunidade e renove-se a tradição do «compasso» ou «Visita pascal», revestindo-a da dignidade que lhe é devida; ou promovam-se outras iniciativas que testemunhem de modo adequado a alegria do mistério pascal”. Esta determinação levou, mais tarde, à publicação da Nota Pastoral sobre a Visita pascal (04/01/2004). Aconselho vivamente a sua leitura, assim como a sua plena concretização nas comunidades.

 

Os cristãos, enquanto peregrinos no mundo e conduzidos pela pátria eterna, devem ter como prioridade a responsabilidade de semear a Palavra de Deus. Ela é, sem dúvida, digna de confiança e produz esperança. S. Pedro estimula a esta caminhada quando recomenda que os cristãos “devem estar sempre prontos a dar a razão da esperança a todo aquele que perguntar” (1 Pe 3,15). Seja pela via do testemunho pessoal ou comunitário, a Igreja não pode fugir à responsabilidade de apresentar a sua identidade ao mundo. Os cristãos testemunham Cristo Ressuscitado e, como tal, são portadores e semeadores de esperança.

 

Na celebração do tríduo pascal percorre-se a via sacra de Jesus para depois culminar na experiência de um encontro novo com Cristo. É um percurso de purificação, de libertação das incoerências e infidelidades para anunciar que a morte foi vencida. A Igreja não é uma comunidade de segregados.

 

Está no mundo como “estrangeira e peregrina” mas tem consciência de ser uma comunidade de salvação, aberta a todos, um “povo adquirido por Deus, para proclamar as obras maravilhosas d’Aquele que vos chamou das trevas para a Sua luz maravilhosa” (1 Pe 2,9).

 

Convido todas as comunidades da Arquidiocese a um trabalho sério de tomada de consciência da centralidade da Páscoa no quotidiano das suas vidas. Como sinal eloquente deste caminho espiritual, creio que o compasso deve ser preparado convenientemente e vivido festivamente. Percorramos, de casa em casa, as estradas das nossas cidades e aldeias com traços de beleza e, no final, juntemos todos os compassos como sinal de que esperança brotará no coração dos homens e das instituições.

 

† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz

 

Inauguração de exposição no Hospital de Braga

O Hospital de Braga e a Santa Casa da Misericórdia de Braga inauguraram esta manhã a Exposição Dar a Vida. Pelo quarto ano consecutivo o Hospital de Braga associa-se a uma das celebrações mais aguardadas pela comunidade minhota a Semana Santa e abre portas a uma exposição composta por obras de arte sacra do património histórico e religioso da Santa Casa da Misericórdia de Braga.

 

O Hospital de Braga é aglutinador das mundividências da cidade e faz todo o sentido que receba esta exposição, por se tratar também de um local de promoção de vida referiu o Cónego Luís Figueiredo Rodrigues, Presidente da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, frisando a intenção da Comissão a que preside: queremos que a Quaresma e a Semana Santa sejam bem vividas pela cidade de Braga.

 

Por outro lado, João Ferreira, presidente da Comissão Executiva do Hospital de Braga, garante que é já uma tradição o Hospital de Braga estar associado ao programa da Semana Santa, e é para nós uma honra fazer parte de uma das maiores solenidades minhotas.

 

A Exposição Dar a Vida, que resulta de uma parceria entre o Hospital, a Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga e a Santa Casa da Misericórdia de Braga, estará patente na Entrada Principal do Hospital de Braga até 27 de março.

 

A inauguração contou com a presença do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Bernardo Reis, do Cónego Luís Figueiredo Rodrigues, Presidente da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, do responsável pela Exposição, do Cónego António Macedo e do Presidente da Comissão Executiva do Hospital, João Ferreira.

 

[texto Correio do Minho]