Avaliação do Impacto Económico da Semana Santa 2017

A Semana Santa de Braga teve, em 2017, um impacto económico de 9,5 milhões de euros. Esta é a principal conclusão de um estudo que a Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga encomendou à Universidade do Minho (UMinho) com o objetivo de saber ao pormenor qual a importância deste período para o dinamismo económico da cidade. O estudo, da autoria de uma equipa da Escola e Economia e Gestão (EEG), liderada por João Cerejeira, esclarece que o impacto económico global estimado, durante este período ascende aos 15 milhões de euros, mas destes apenas 9,5 milhões, são diretamente imputáveis à Semana Santa, depois de deduzido o impacto do turismo em Braga durante uma semana normal na mesma época do ano.

 

A avaliação foi ontem apresentada na Sala Capitular da Sé de Braga, tendo sido revistos, ao pormenor, todos os valores a que se chegou com base em dados primários, obtidos através da aplicação de questionários aos visitantes e aos agentes económicos da cidade durante o período da Semana Santa 2017, complementados com informação sobre o impacto mediático do evento.

 

Durante a apresentação João Cerejeira corroborou, com base no referido estudo, a relevância da cidade de Braga enquanto destino de turismo cultural e religioso. «Nós estimamos um efeito global, somando o efeito na restauração, no comércio, mais o impacto mediático, em torno dos 15 milhões de euros, um contributo para o Produto Interno Bruto (PIB) em torno dos 7 milhões de euros e também um acréscimo das receitas fiscais para o Estado em torno dos dois milhões de euros», afirmou.

 

Segundo o investigador, a atividade turística desta semana foi posteriormente comparada com a atividade realizada em outras semanas habituais da vida turística da cidade, tendo-se chegado
à conclusão que o efeito líquido direto imputável à Semana Santa é de 9,5 milhões de euros.

 

Este último valor representa o efeito sobre o volume de negócios e traduz um impacto direto gerado pelas despesas dos visitantes, de cerca de 2,9 milhões de euros, o qual, somados os impactos indiretos e induzidos, aumenta para 7,5 milhões de euros, considerando o efeito global. O diferencial resulta ainda da consideração de um impacto mediático na ordem dos 2 milhões de euros.

 

«Efetivamente são valores muito interessantes e até comparando com outras semanas santas na Península Ibérica, a Semana Santa de Braga não fica muito atrás das outras cidades, pelo contrário», afirmou João Cerejeira, considerando que «por um lado, traz divisas, e por outro, transforma a vida da cidade, tornando-a muito mais ativa, muito mais cosmopolita».

 

O presidente da Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, cónego Luís Miguel Rodrigues, esclareceu que «a Comissão encomendou este estudo com o objetivo de avaliar
e perceber melhor cada componente destas comemorações, qual o seu peso e qual o seu impacto junto da população».

 

«Os resultados são muito favoráveis para nós. Estamos muito agradecidos pelo facto de termos sido capazes de saber prestar este serviço à cidade e à região, sendo este um resultado que nos alegra e também nos responsabiliza», argumenta.

 


Estrangeiros de 30 nacionalidades visitam Braga

O estudo destaca no perfil do visitante o peso dos visitantes estrangeiros (60%), distribuídos por cerca de 30 nacionalidades diferentes, tendo como principais países de origem Espanha (36%) e Brasil e França (6% cada).

 

Destaque ainda para uma significativa proporção de visitantes com idades compreendidas entre os 45 e os 64 anos (45%) e com nível de escolaridade superior (entre 55% nacionais e 73% estrangeiros), que realizam uma despesa média diária de 79 euros.

 

Dos visitantes, 32% são excursionistas, ou seja, não ficam alojados fora da sua residência, e dos turistas 69% pernoitam numa unidade hoteleira, mas apenas 38% numa unidade hoteleira em Braga.

 

João Cerejeira considera, por isso que, havendo dias em que a taxa de ocupação turística dos hotéis ronda os 95%, estes números significam que «há aqui margem de crescimento para a oferta turística em Braga».

 

Semana Santa «é um bom investimento»

O presidente da Comissão da Quaresma, cónego Luís Miguel Rodrigues, considera que cabe às empresas aproveitarem esta margem, uma vez que o que a Comissão pretende com este estudo é «compreender a Semana Santa e fazer com que ela seja participada e vivida da melhor forma».

 

Considera, porém, que estes resultados legitimam o pedido de colaboração que a Comissão tem feito aos empresários e comprovam que «a Semana Santa é, portanto, um bom investimento».

 

 

O estudo completo pode ser baixado aqui

Também está disponível um “Sumário Executivo” aqui.

Quaresma «TESTEMUNHOS» / Juliana Machado

O Diário do Minho, em colaboração com a Comissão da Semana Santa de Braga, inicia hoje a publicação de uma série de testemunhos de figurantes sobre a sua participação nas procissões. O objetivo é envolver a comunidade bracarense nos eventos previstos no programa.

 

Juliana Machado participa em procissões da Semana Santa de Braga como figurado há cerca de dez anos. Ora entra na procissão do Enterro do Senhor, na Sexta-feira Santa, organizada pelo Cabido da Catedral, Irmandades da Misericórdia e de Santa Cruz e Comissão da Semana Santa, ora no cortejo bíblico “Vós sereis o meu povo”, organizada, desde 1998, pela Paróquia e pela Junta de Freguesia de S. Victor. Para esta última procissão costuma levar os filhos, António e Constança.

 

O seu contributo não se cinge a uma única personagem ou quadro. «Normalmente, quando vou fazer a reserva do meu lugar na procissão é o que está livre, não tenho preferência por alguma personagem, porque a minha intenção é participar», adianta.

 

A presença de Juliana nas procissões da Semana Santa de Braga deve-se a uma promessa pessoal feita quando a filha nasceu, por sinal, no período da Quaresma, e também ao seu desejo de viver, a cada ano, esta experiência de cunho religioso.

 


«São momentos muito especiais»

«Eu sempre assisti a esta procissão e, a partir do momento em que cumpri a promessa, quis continuar a participar nesta tradição da cidade», conta.
Juliana Machado pretende com este seu sinal passar o testemunho às novas gerações, nomeadamente aos seus filhos. «Acho importante as pessoas participarem, não só as da cidade, mas também as que vêm de fora. Aconselho a todos a viver esta experiência», declara.

 

Juliana ainda se lembra da sua primeira procissão do Enterro do Senhor. «Foi um momento único, principalmente a chegada à Sé», conta. Segundo esta jovem bracarense, nas procissões da Semana Santa de Braga «vivem-se vários sentimentos e são momentos muito especiais». Afirma que os figurados comungam do mesmo espírito e é a fé que os leva a participar. «Essa componente é essencial», refere.

 

Para a procissão noturna da Sexta-feira Santa os figurados não têm que levar vestes nem nenhum acessório. Basta fazerem antecipadamente a reserva do lugar.

 

[Fonte: Diário do Minho]

Mater Dolorosa patente até final do mês na reitoria

A exposição “Mater Dolorosa na cidade de Braga” foi inaugurada esta segunda-feira no hall do Salão Medieval da reitoria da Universidade do Minho e pode ser visitada até 30 de Março. O historiador bracarense, Rui Ferreira, refere que esta mostra é a revisitação às origens da Senhora das Dores. “O público pode redescobrir as origens da Mater Dolorosa que teve em Braga, na actual Basílica dos Congregados, um ponto de partida para o país através do sacedorte oratoriano Matinho Pereiral. Os Congregados, através deste padre, também tiveram aqui um papel importante no país no culto da Nossa Senhora das Dores, especial no Minho”, referiu, acrescentando que “há todo um grande trabalho a percorrer de investigação sobre a Mater Dolorosa de Braga”.

 

Composta por 10 passos explicativas da “Dolorosa Senhora”, a exposição é uma organização da Câmara Municipal de Braga, Universidade do Minho e da Comissão da Quaresma e Solenidade Santa de Braga, sendo mesmo a primeira vez que se realiza. “Todas a exposições conseguem esse aspeto único, neste caso documental, mas também há uma riqueza enorme de diferentes visões do que é a Semana Santa e Páscoa através de diferentes trabalhos que dão a conhecer aspetos da nossa história”, apontou Lídias Dias, vereadora da cultura.

 

Partir do cultural para o mistério da Fé é outro dos objetivos da Mater Dolorosa. O cónego Avelino Amorim, da Comissão da Semana Santa de Braga, refere que a exposição “se apresenta na cidade de Santa Maria num percurso que se manifesta de diferentes formas”. “Vemos isto aqui na questão da música, mas também na etnografia. Em Braga, logicamente, a cidade de Santa Maria tem uma riqueza enorme nesta expressão com a Procissão da Burrinha que tem na sua génese as Dores de Maria”, explicou.

 

[Fonte: RUM]

Peças da família Ramalho no Museu da Sé

O Tesouro-Museu da Sé de Braga tem patente ao público uma exposição de artesanato, inserida na programação das Solenidades da Quaresma e Semana Santa.

 

Intitulada “Ecce Agnus Dei”, a mostra, inaugurada ontem, com a presença
do diretor do Tesouro-Museu e do presidente da Comissão da Semana Santa de Braga, reúne um conjunto de 14 peças
de cerâmica dos artesãos barcelenses Júlia Ramalho e do seu filho António Ramalho, representando essencialmente a temática da Paixão e Morte de Jesus na Cruz. Há também peças dos Farricocos, da Senhora da Misericórdia e da Sagrada Família.

 

Todas estas peças (11 vendáveis e três de coleção particular) foram modeladas em barro branco e com acabamento vidrado de cor castanho – técnica caraterística do trabalho da família Ramalho –, exceto três Cristos que estão pintados a verde.

 

Na altura da inauguração, o diretor do Tesouro-Museu da Sé, o cónego José Paulo Abreu, agradeceu e elogiou a qualidade destes trabalhos que perpetuam um «saber fazer» transmitido por Rosa Ramalho, figura emblemática da olaria nacional, e convidou o público a visitar a exposição.

 

«Espero que venha muita gente, porque o Mostra está patente até ao dia 3 de abril que aqui está exposto é realmente digno de visita», disse o responsável.

 

Também o presidente da Comissão da Semana Santa, o cónego Luís Miguel Rodrigues, a quem coube dar as boas-vindas aos presentes, enalteceu esta exposição, “Ecce Agnus Dei”, que pode ser visitada até ao dia 3 de abril, na Sala de Serviço Educativo/Exposições do Tesouro-Museu da Sé, cujo acesso é feito pela rua D. Diogo de Sousa, n.º 114.

 

[Fonte: Diário do Minho]

O olhar da Páscoa em Braga pela lente de Alfredo Cunha

Uma exposição com 26 imagens a preto e branco captadas pelo fotojornalista Alfredo Cunha mostram quase duas décadas de acompanhamento da Semana Santa.

 

Intitulada ‘Páscoa/Braga – 1996 – 2017’, a exposição foi inaugurada no passado dia 2 de março, no Museu da Imagem.

 

“Partiu de um convite da vereadora da cultura para apresentar projectos sobre Braga porque parece que havia um certo cansaço do estrangeirismo que reinava, daí a aposta na fotografia portuguesa, nomeadamente de Braga”, explicou o fotojornalista Alfredo Cunha, adiantando que estão na forja outros projectos sobre a cidade, nomeadamente a elaboração de um livro que envolve vários fotógrafos de Braga.

 

Para a vereadora da Cultura, Lídia Dias, “esta exposição traz uma visão mais alargada da Semana Santa, traduzindo-se numa enorme riqueza, através da lente do Alfredo Cunha, com uma carga emocional muito forte que fala por elas”.

 

Fruto de uma exaustiva selecção, o autor apresenta as melhores imagens do cerimonioso secular e dos rituais da região envolvente que identificam a comunidade nas diferentes manifestações de profunda religiosidade.

 

Fotografias que ficarão certamente na história de Braga e do Museu da Imagem e marcarão com especial emoção os bracarenses e os turistas que podem apreciar esta mostra que está parente no museu às portas da cidade.

 

[Fonte: Correio do Minho]

Nota pastoral sobre o tríduo pascal e compasso

Tendo em vista a redescoberta da identidade cristã, expressa na celebração e vivência da fé, visível no exercício da caridade e animada pela esperança, a celebração do tríduo pascal merece, por parte de todas as comunidades cristãs, uma atenção privilegiada. É importante que seja entendida e sentida como a mãe de todas as celebrações para a qual, ao longo do ano litúrgico, nos orientamos e a partir da qual nos renovamos em Cristo. A Páscoa deve, por isso, ser uma oportunidade para, dentro e fora das igrejas, encontrarmos caminhos de nova evangelização que estimulem à presença de Cristo Ressuscitado na História da Humanidade.

 

É de louvar o intuito da Semana Santa de Braga de suscitar nas comunidades da cidade esta responsabilidade de vivência pascal, sobretudo nas eucaristias e nos tradicionais compassos. De modo semelhante, todas as comunidades da nossa Arquidiocese deveriam programar as suas actividades segundo esta lógica. Na ausência do encontro real e festivo com Jesus, nenhuma tradição é válida por si mesma.

 

Gostaria, neste sentido, de recordar uma determinação do nosso Sínodo Diocesano. “Valorize-se a celebração da Eucaristia como centro da vida cristã, nos domingos e dias festivos, particularmente no Domingo de Páscoa. Este dia seja vivido em ambiente de festa, preparado através de um tríduo celebrado com dignidade e empenho por toda a comunidade e renove-se a tradição do «compasso» ou «Visita pascal», revestindo-a da dignidade que lhe é devida; ou promovam-se outras iniciativas que testemunhem de modo adequado a alegria do mistério pascal”. Esta determinação levou, mais tarde, à publicação da Nota Pastoral sobre a Visita pascal (04/01/2004). Aconselho vivamente a sua leitura, assim como a sua plena concretização nas comunidades.

 

Os cristãos, enquanto peregrinos no mundo e conduzidos pela pátria eterna, devem ter como prioridade a responsabilidade de semear a Palavra de Deus. Ela é, sem dúvida, digna de confiança e produz esperança. S. Pedro estimula a esta caminhada quando recomenda que os cristãos “devem estar sempre prontos a dar a razão da esperança a todo aquele que perguntar” (1 Pe 3,15). Seja pela via do testemunho pessoal ou comunitário, a Igreja não pode fugir à responsabilidade de apresentar a sua identidade ao mundo. Os cristãos testemunham Cristo Ressuscitado e, como tal, são portadores e semeadores de esperança.

 

Na celebração do tríduo pascal percorre-se a via sacra de Jesus para depois culminar na experiência de um encontro novo com Cristo. É um percurso de purificação, de libertação das incoerências e infidelidades para anunciar que a morte foi vencida. A Igreja não é uma comunidade de segregados.

 

Está no mundo como “estrangeira e peregrina” mas tem consciência de ser uma comunidade de salvação, aberta a todos, um “povo adquirido por Deus, para proclamar as obras maravilhosas d’Aquele que vos chamou das trevas para a Sua luz maravilhosa” (1 Pe 2,9).

 

Convido todas as comunidades da Arquidiocese a um trabalho sério de tomada de consciência da centralidade da Páscoa no quotidiano das suas vidas. Como sinal eloquente deste caminho espiritual, creio que o compasso deve ser preparado convenientemente e vivido festivamente. Percorramos, de casa em casa, as estradas das nossas cidades e aldeias com traços de beleza e, no final, juntemos todos os compassos como sinal de que esperança brotará no coração dos homens e das instituições.

 

† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz

 

Inauguração de exposição no Hospital de Braga

O Hospital de Braga e a Santa Casa da Misericórdia de Braga inauguraram esta manhã a Exposição Dar a Vida. Pelo quarto ano consecutivo o Hospital de Braga associa-se a uma das celebrações mais aguardadas pela comunidade minhota a Semana Santa e abre portas a uma exposição composta por obras de arte sacra do património histórico e religioso da Santa Casa da Misericórdia de Braga.

 

O Hospital de Braga é aglutinador das mundividências da cidade e faz todo o sentido que receba esta exposição, por se tratar também de um local de promoção de vida referiu o Cónego Luís Figueiredo Rodrigues, Presidente da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, frisando a intenção da Comissão a que preside: queremos que a Quaresma e a Semana Santa sejam bem vividas pela cidade de Braga.

 

Por outro lado, João Ferreira, presidente da Comissão Executiva do Hospital de Braga, garante que é já uma tradição o Hospital de Braga estar associado ao programa da Semana Santa, e é para nós uma honra fazer parte de uma das maiores solenidades minhotas.

 

A Exposição Dar a Vida, que resulta de uma parceria entre o Hospital, a Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga e a Santa Casa da Misericórdia de Braga, estará patente na Entrada Principal do Hospital de Braga até 27 de março.

 

A inauguração contou com a presença do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Bernardo Reis, do Cónego Luís Figueiredo Rodrigues, Presidente da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, do responsável pela Exposição, do Cónego António Macedo e do Presidente da Comissão Executiva do Hospital, João Ferreira.

 

[texto Correio do Minho]

Comissão institui Prémio de Investigação “Cón. Jorge Coutinho”

A Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga tem como objetivo promover a realização das solenidades quaresmais, valorizando-as.

 

Considerando que a investigação académica ajuda à sua melhor compreensão e, por isso mesmo, a dignificar a sua realização; e que a Comissão pretende expressar a sua gratidão a todos os que, ao longo dos séculos e no passado recente, tornaram possível a dimensão e a qualidade que as cerimónias da Quaresma e Semana Santa adquiriram em Braga, deliberou a Comissão atribuir o nome do Cónego Jorge Coutinho a este Prémio, quer pelo seu empenho nesta Comissão, quer pela sua dedicação à academia bracarense.

 

Este prémio será bienal, com candidaturas aceites já neste ano de 2018 e tem o valor pecuniário de 1.500 euros.

 

O Regulamento está disponível aqui.

Semana Santa de Braga 2018: programa e cartaz já são conhecidos

A Comissão da Semana Santa informa que correu hoje, dia 11 de janeiro, pelas 11h, na sala do Cabido da Sé Catedral de Braga, a conferência de imprensa de apresentação e lançamento do programa oficial e cartaz da Semana Santa de Braga 2018.

 

Os presentes foram acolhidos pelo presidente da Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, o Rev. Cónego Luis Miguel Figueiredo Rodrigues. Igualmente presentes na mesa estava o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, dr. Bernardo Reis; o provedor da Irmandade de Santa Cruz, dr. Luis Rufo; o presidente da Câmara Municipal de Braga, dr. Ricardo Rio; o representante da entidade regional de turismo Porto e Norte de Portugal, dr. Marco Sousa; o presidente da Associação Comercial de Braga, dr. Domingos Macedo Barbosa; o presidente da Associação Industrial do Minho, dr. António Marques.

 

O senhor cónego Luis Miguel Rodrigues usou da palavra, comunicando o seguinte:

 

“As comemorações da Quaresma e Semana Santa, em 2018, voltarão a encher a cidade de Braga de devotos, de turistas e transeuntes que nos vêm visitar para participar no modo único como vivemos estes tempos, ricos de significado e densos de tradições. Estas, mais do que revivalismos ou recriações históricas, e assumindo a sua matriz religiosa estritamente cristã, são a expressão de um povo que se percebe, se diz e se revê num acontecimento fundante: a morte e ressurreição de Jesus Cristo, e que continua a reconhecer a pertinência da sua mensagem nos dias de hoje.

 

É esta a mensagem que a Comissão pretende fazer passar com o cartaz deste ano, que parte da mensagem do ano pastoral da Arquidiocese de Braga: “Despertar Esperança”. Esta é um dos atributos da existência cristã. Ser cristão é ter esperança, é ser esperança, mesmo em situações de dor e sofrimento, porque Cristo venceu a morte.

 

Por isso, a chave de leitura da composição da imagem é dual.

 

Por um lado, contém (alguns d)os símbolos da paixão de Cristo, numa linguagem criativa estilizada, sobre tons de roxo – cor quaresmal e que apela a um tempo de interiorização e penitência – o que nos remete para a morte e padecimento de Jesus, logo, para a Semana Santa.
Mas, por outro lado ainda, também podemos observar o próprio Cristo ressuscitado em ascensão, mas com os sinais da sua paixão e morte inscritos no seu corpo. Cristo vence a morte, mas não ignora a dor e o sofrimento.

 

Este cartaz pretende mostrar, por isso, o fundamento da esperança cristã: Cristo Ressuscitou! É na certeza de que Ele ressuscitou que se apoia a Esperança.

 

Exemplo disso é o encontro que nos aparece em Marcos 5, 25-34, onde uma mulher, buscando cura para a sua doença, num derradeiro gesto de desespero, mas de profunda esperança e fé, acredita que, tocando apenas a fímbria do Seu manto, ficará curada.

 

A celebração da Quaresma e Semana Santa é, também ela, um convite à esperança, a partir da sua Fonte: a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

 

As Comemorações da Quaresma e Semana Santa são também um misto de tradições multiseculares e também de inovação, na fidelidade a essa mesma tradição, geradora de uma identidade cultural muito própria.

 

O tom de esperança e de permanente novidade que a Quaresma e Semana Santa imprime na nossa cultura está sublinhado pela apresentação da obra “Passio” de Arvo Pärt. Trata-se de uma das primeiras obras terminadas por Arvo Pärt, depois de abandonar a URSS, “Passio”, com base no “Evangelho Segundo São João”, e é uma das liturgias corais mais aclamadas dos últimos 50 anos. É também um dos maiores exemplos da nova música minimal-espiritual, e foi escrita pelo compositor de Música Sacra de referência no séc. XXI, primeiro não teólogo a receber o Prémio Ratzinger de Teologia.

 

Por seu turno, o Concerto de Pascoela, este ano, foi confiado ao grupo bracarense Portuguese Brass, para que, musicalmente, se afirme o valor e impacto da Ressurreição, o que não seria tão bem conseguido se terminássemos a nossa oferta cultural na Semana Santa.
Aliás, a Alegria e a força da Ressurreição são este ano destacados de modo diferente, pelo ênfase que damos aos Compassos Pascais na Cidade de Braga. Embora seja uma celebração mais familiar, não deixa de ser algo de muito típico da nossa Cidade, cheio de significado e valores espirituais e religiosos, que importa realçar.

 

O acontecimento da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo tem sido, ao longo dos séculos, abordado por diferentes perspetivas artísticas, realçando o melhor que cada pessoa é capaz de colocar na sua arte. Este ano, permiti que vos destaque, no dia 21 de março, a apresentação da Via-Sacra, pelos utentes e colaboradores do Centro de Apoio e Reabilitação para Pessoas com Deficiência, (CARPD-Touguinha), da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde.

 

Não podemos deixar de referir que a Quaresma e Semana Santa, sendo um acontecimento de origem religiosa, gera inúmeras sinergias na Cidade e na região que atualmente ultrapassa, e muito, esta circunscrição. É o reconhecimento do papel que a fé cristã tem na construção da nossa identidade cultural, muito para além de credos e crenças. É dentro deste quadro que nos situamos ao falarmos da Semana Santa em Braga como um acontecimento religioso, que tem implicações nos diversos setores da nossa sociedade. É esta a razão pela qual estamos a incrementar, paulatinamente, uma maior envolvência de diversos parceiros e públicos na realização da Semana Santa. Quando se fala em pedidos de apoio, a nossa mente pode ir, logo, para os apoios económicos. Claro que isso é importante – diria mais, imprescindível. Mas há outro valor que importa considerar e potenciar: a envolvência que cada bracarense e que cada instituição da cidade pode ou quer ter com a Semana Santa, que é nossa. Sem esta participação, não poderemos manter a qualidade daquilo que é o mais típico e mais apreciado: as procissões e celebrações religiosas.

 

Gostava de fazer um último anúncio, de algo que reportamos como de grande importância: o Prémio de Investigação Cónego Jorge Coutinho, instituído pela Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga. Estamos conscientes de que a investigação académica ajuda à sua melhor compreensão e, por isso mesmo, a dignificar a nossa Semana Santa. Este prémio será bienal, com a primeira edição no final deste ano civil.

 

Termino com uma palavra de agradecimento a todos aqueles que colaboram com a Semana Santa de Braga, apoiando economicamente, oferecendo voluntariado, e também ornamentando as suas casas e estabelecimentos de acordo com a quadra que iremos viver.”

 

Outras notícias:

CM Braga

Diário do Minho

BragaTV

Correio da Manhã

 

 

E os premiados do Concurso de Fotografia deste ano foram…

Ocorreu ontem, dia 10 de maio, pelas 21:30h, na loja FNAC do shopping Braga Parque, de Braga, o anúncio dos premiados e entrega de prémios nesta que foi a 9ª edição do Concurso de Fotografia subordinado ao tema “A Semana Santa de Braga”.

 

Sobre a iniciativa
Esta é uma iniciativa da Comissão da Semana Santa de Braga, com o apoio à divulgação da entidade regional de turismo do Porto e Norte de Portugal e da loja FNAC de Braga, como media partner o jornal “Diário do Minho”, e com o patrocínio exclusivo da prestigiada marca Canon e que visa sensibilizar todos os amantes da fotografia para o tema em particular, e em geral para esta época tão especial da cidade de Braga, bem assim como estimular e difundir a criatividade na arte da fotografia.

 

Sobre a edição e resultados deste ano
O júri foi unânime em reconhecer a elevada qualidade das fotos a concurso. Aliás, foi um ano que primou por diversos aspetos muito positivos, como sejam: a variedade e abordagem diferenciadora dos temas; participantes de todas as idades; a diversidade de localidades de onde os concorrentes foram oriundos, tais como:
• De Braga (inevitavelmente, uma vez que a iniciativa é local) e arredores: Vila Verde, Santo Tirso, Barcelos, Esposende, Famalicão, Guimarães, Viana do Castelo e Caminha;
• Mas também de Porto, Vila Nova de Gaia, Ermesinde, Maia, Gondomar, São Mamede de Infesta, Oliveira de Azeméis, Coimbra, Lisboa, Montijo, Benavente, Samora Correia e Peso da Régua;
• E ainda da vizinha Espanha: Tui, Barcelona e Madrid.

 

O júri fez ainda questão de dirigir uma palavra de reconhecimento e parabéns para com aqueles que tão gostosamente participaram e aos quais foi reconhecido o esforço e qualidade dos trabalhos que, corajosamente, colocaram a concurso.

 

O cada vez maior interesse e apetência que o Concurso desperta é assinalável e anima a continuar. A Comissão tem portanto todo o gosto em anunciar que haverá nova edição em 2018, ano em que se assinalará a 10ª edição, ficando desde já prometidas novidades relacionadas com a efeméride.

 

Alguns dados estatísticos esta edição:
• 170 validamente inscritos
• 1 recusado por não atingir a idade mínima de participação
• 113 concorrentes
• 672 fotos a concurso
• 46 fotos premiadas
• Média de idades: 43 anos (mais novo: 20 anos / mais velho: 67 anos
• Participantes masculinos: 81
• Participantes femininos: 32

 

O júri foi composto pelas seguintes personalidades:
• Presidente: Hugo Delgado
• Representante da Comissão: José Alberto de Sousa Ribeiro
• Representante da Fnac: António Coelho
• Tiago Freitas, convidado

 

O júri atribuiu os principais prémios aos seguintes concorrentes:
1º prémio: André Paulo Borges, 46 anos, de Braga
Canon EOS 80D 18-55 IS STM (no valor de 1.369 €) + assinatura digital anual do Diário do Minho

 

2º prémio: José Rodrigo de Carvalho Faria Lima, 43 anos, de Braga
Canon EOS M3 18-55 STM Accessory kit (no valor de 699 €) + assinatura digital anual do Diário do Minho

 

3º prémio: João Paulo Morais Caldas Moreira da Costa, 50 anos, de Braga
Canon PowerShot G9 X SL PACK (no valor de 429 €) + assinatura digital anual do Diário do Minho

 

Também todas as 10 Menções Honrosas previstas no Regulamento foram atribuídas a:
Ana Filipa Marques da Silva Pinheiro, 25 anos, de Braga
Diogo Adalberto Soares Vieira, 59 anos, de Braga
João Miguel Gomes Silva, 25 anos, de Braga
José António Carvalho Marques de Faria, 62 anos, do Porto
Luís Filipe Gomes Vilaça, 26 anos, de Braga
Maria João Pinto Salgado, 25 anos, de Braga
Pedro Alberto Marin Fernandez, 37 anos, de Madrid
Teresa Ricca, 56 anos, de Braga
Valter Bruno do Vale Coelho, 36 anos, de Barcelos
Vítor Nuno Gomes Pinto Ferreira, 48 anos, de Caminha

 

Para todas as Menções Honrosas: Assinatura digital anual do Diário do Minho + impressão gratuita de 50 fotos na FNAC *
* Exclusivamente para impressões em papel fotográfico até ao formato 20×30

 

Os 13 premiado recebem ainda recebem um Certificado de Participação.

 

Todos os 113 concorrentes têm direito ainda a um vale de 10% de desconto em equipamentos Canon.

 

Os trabalhos premiados desta edição podem ser consultados neste link.

 

Para quem não esteve presente na cerimónia, informa-se que os prémios, os vales de impressão de fotos FNAC, o vale de 10% de desconto Canon e os Certificados de Participação que não puderam se levantados na hora, estão disponíveis na secção de fotografia da loja FNAC de Braga, mediante apresentação do BI ou Cartão de Cidadão.

 

PARABÉNS A TODOS OS PREMIADOS e a todos em geral que se inscreveram e submeteram fotos ao concurso! E ATÉ PARA O ANO, A 10ª EDIÇÃO!