Mensagem do Arcebispo Primaz para a Quaresma

Estamos em Ano Missionário. Esta é uma oportunidade única para todos – em tudo e sempre – redescobrirmos a nossa identidade baptismal. Não podemos desperdiçar esta graça.

 

Teremos de “ir mais longe”. Somos todos convocados a “sair” sem fronteiras, de coração a coração. O critério param edir a eficácia das nossas estruturas e a fecundidade do nosso trabalho é a missão do próprio Jesus. Medida máxima, portanto, mas por isso mesmo a medida do amor a suscitar uma entrega plena. Queremos ser Igreja de discípulos missionários. O caminho está traçado. Importa dar consistência e acreditar nos frutos. Ultrapassemos a inércia e redescubramos a nossa missão no seio das comunidades e em favor da Humanidade. O envolvimento da Arquidiocese no projecto de cooperação missionária entre Braga e Pemba, já no seu terceiro ano de concretização, é uma boa ocasião e um bom termómetro para aferir a capacidade de concertação entre a Arquidiocese, as paróquias e suas estruturas, os Movimentos Eclesiais, os Seminários e até estruturas civis, desde ONG’s a empresas. Se queremos que a Arquidiocese readquira um rosto missionário, todos deverão sentir-se envolvidos neste compromisso que foi discernido sinodalmente e agora está a ser concretizado colegialmente.

 

Não existe “só Pemba”. Olhamos para o nosso território de missão e para o mundo inteiro. A missão está ao nosso lado e concretiza se em muitos outros lugares. Mas existe Pemba: Diocese concreta com a qual temos relações privilegiadas. Importa revalorizar este relacionamento neste ano missionário. Para o efeito, renovo o convite a sacerdotes para que queiram oferecer um período da sua vida a esta causa. Enriquecer-se-ão e a Arquidiocese também se enriquecerá. Passar um período de tempo, como aquele dedicado às férias, também é uma proposta com muito encanto. Alargo este convite aos leigos para que ousem oferecer algo de si. O nosso Centro Missionário sabe dar todas as orientações necessárias.

 

A reabilitação da casa da paróquia de Santa Cecília de Ocua é uma urgência, conjuntamente com a construção de uma casa que, no futuro próximo, possa albergar a Congregação feminina que dará estabilidade à presença cristã nessa Paróquia. Recordamos que só a Paróquia de Santa Cecília de Ocua tem cerca de 100km de extensão, com 96 comunidades cristãs que, no nosso contexto, equivaleriam a 96 paróquias.

 

Muitas outras iniciativas poderão ser concretizadas. Bastará permitir que o amor seja criativo! Os movimentos, paróquias e empresas poderão deixar o seu nome ligado à felicidade de muitas pessoas, construída com a generosidade de poucas coisas que lá são muito grandes. Alguns Serviços Arquidiocesanos e Movimentos já decidiram deixar a sua marca naquelas comunidades. Outros se esperam.

Neste tempo especial da Quaresma, além do habitual Contributo penitencial, espero que sejamos capazes de reabilitar a missão sem fronteiras nas estruturas arquidiocesanas e nas pessoas, conscientes de que o cristianismo nos abre a horizontes que não conhecemos, mas são nossos.

 

Seguidores de Cristo, convoco todos, cada um à sua maneira, para esta aventura de experimentar quanto o amor de Cristo sugere em favor da Humanidade   aqui nas nossas comunidades e na diocese de Pemba.

 

A mensagem do Santo Padre recorda-nos que estamos a trair a relação harmoniosa com o meio ambiente e que não podemos tornar- nos senhores absolutos da natureza, usando-a para proveito próprio em detrimento dos outros. Enquanto muitos falam de compromisso ambiental, o cristão vive uma relação responsável com a criação.

 

Iniciamos a Quaresma rumo à celebração festiva da Páscoa. Na árvore da nossa vida e das comunidades, queremos podar as incoerências evangélicas e permitir o reflorescer de frutos que testemunhem uma Igreja comunhão a viver para e da missão.

 

Convido os sacerdotes a que  motivem as comunidades para a missão, assim como para a atenção e respeito pela natureza. Que esta Quaresma seja  um tempo de conversão e que a Igreja  Arquidiocesana resplandeça nos frutos do Evangelho.

 

† Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz

 

Apresentado programa 2019 da Semana Santa de Braga

Ocorreu hoje, dia 12 de fevereiro, pelas 11h, na sacristia-mor da Sé Catedral de Braga, a conferência de imprensa de apresentação e lançamento do programa e cartaz da Semana Santa de Braga 2019.

 

A mesa era composta pelo senhor provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Dr. Bernardo Reis; o senhor provedor da Irmandade de Santa Cruz, Dr. Luis Rufo; o presidente da Câmara Municipal de Braga, Dr. Ricardo Rio; o presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Dr. Luís Pedro Martins; o presidente da Associação Comercial de Braga, Dr. Domingos Macedo Barbosa, e presidida pelo presidente da Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, o Rev. Cónego Avelino Marques Amorim.

 

Transcreve-se o comunicado que o senhor presidente da Comissão elaborou e transmitiu:

 

1. A Quaresma e a Páscoa são vividas, desde tempos imemoriais, com uma intensidade e espiritualidade ímpares na cidade de Braga. E eis-nos, de novo, quase chegados à celebração do mistério fundante da fé cristã, a ressurreição de Jesus. Desde Setembro último, a Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, vem preparando um programa, que hoje apresenta publicamente, e que, partindo da centralidade das celebrações religiosas, procura oferecer um vasto leque de outros eventos culturais e sociais, que predispõem e introduzem profundamente no mistério celebrado.

 

2. Partindo da proposta pastoral da Arquidiocese para o presente ano, cuja mensagem nos convida a testemunhar a alegria da esperança que nos anima, também a identidade visual da Semana Santa deste ano, escolhida pela Comissão, procura traduzir esta virtude teologal. Expondo, em contraste e dialética, duas imagens: a imagem do Senhor, já morto, depois de abraçar a Sua paixão, e a do Senhor, já vivo, que prenuncia a Sua ressurreição, certeza que preenche a nossa esperança.

 

A imagem do Senhor vivo apresenta-se com um semblante sereno, contemplativo, pleno de interioridade, em que se adivinha Alguém que sabe o cálice que terá de beber, para redenção dos homens. Já a imagem do Senhor morto, depois de, voluntariamente, ter oferecido a Sua própria vida, confronta-nos com o resultado da ação dos homens que, sem saber, violentaram o seu próprio salvador! É então o denso mistério da salvação que se nos apresenta neste confronto de imagens, em que também as cores da paleta utilizada encerram um significado: o roxo da Paixão, com o ouro da majestade de Jesus.

 

3. Procuramos, na fidelidade a uma tradição ancestral, a novidade que a fé nos suscita, traduzido em todo o programa cultural que oferecemos. Destacamos o concerto de terça-feira santa, este ano confiado ao decateto bracarense de metais Portuguese Brass, que interpretará uma obra inédita por eles preparada, apresentada em estreia absoluta na Sé Catedral a 16 de Abril, inspirada na Semana Santa de Braga. Ainda no âmbito musical, encerraremos as celebrações de 2019, com uma cantata mariana, confiada a Teresa Salgueiro, celebrando as alegrias de Nossa Senhora. Este concerto terá lugar na Igreja de São Paulo, a 26 de Abril, nas vésperas da festa de Nossa Senhora da Alegria, própria do Ritual Bracarense. Destaque ainda para o ciclo de cinema, que visa criar diversidade na programação e que acontece a 11, 18 e 25 de março, no Espaço Vita.

 

4. A envolvência da comunidade local tem sido uma preocupação constante nos últimos anos. Queremos chegar às gerações mais jovens, tornando-os parte integrante das nossas iniciativas, para que possam assumir como protagonistas o legado histórico que a eles caberá dar continuidade. Fazemo-lo, sobretudo com as parcerias estabelecidas, particularmente, com as escolas católicas da cidade.

 

5. Ainda relacionado com o tema da envolvência da comunidade e as suas tradições, decidiu a Comissão qualificar a presença das rebuçadeiras e a venda dos “rebuçados do Senhor”. Temos notado que é uma tradição que tem vindo a decair mas que a Comissão quer contrariar, fomentando condições para que as existentes possam continuar a sua atividade e até, quem sabe, atrair outras no futuro.

 

6. Anunciado no ano passado, o Prémio de Investigação Cónego Jorge Coutinho, terá a sua primeira edição no presente ano, com abertura do concurso já no final deste mês. Alguns dados referentes a esta edição:
a) Até 28 de fevereiro do ano ímpar: anúncio e abertura da edição correspondente;
b) Até 30 de novembro do ano ímpar: receção dos trabalhos candidatos;
c) Até 28 de fevereiro do ano par: validação e avaliação pelo júri;
e) Semana Santa do ano par (2020): entrega do prémio em cerimónia pública.
Acreditamos que será muito difícil já nesta primeira edição obter trabalhos e candidatos, mas este lançamento visa dar notoriedade à iniciativa para que, no futuro, estes possam surgir, e em qualidade.

 

7. A Comissão anuncia ainda o lançamento de uma publicação sob o título “A Semana Santa em Braga” com textos de Rui Ferreira e fotos de Hugo Delgado. Esta edição da “Opera Omnia” propõe-se ser a publicação mais importante jamais levada a efeito sobre as solenidades da Quaresma e Semana Santa de Braga.
A apresentação será feita no dia 13 de Abril na Sé Catedral.

 

8. Nestes dias em que Braga é reconhecida como destino de excelência, não podemos deixar de sublinhar o papel preponderante, se não primeiro, que a Semana Santa assume. Reconhecimento disto mesmo, foi o convite a participar no primeiro fórum de cidades com celebrações da Semana Santa e Páscoa no passado mês de Setembro em Lucena (Andaluzia), onde foi debatida a utilidade de união de esforços, entre vários países, da Rede Europeia de Celebrações da Páscoa e Semana Santa; e a escolha da cidade de Braga para acolher o II Fórum desta Rede, a 18 e 19 de Março próximo, onde, será assinada a Acta Fundacional desta associação, para uma candidatura conjunta a Itinerário Cultural da União Europeia.

 

Em jeito de conclusão, queremos agradecer aos órgãos de comunicação social todo o apoio prestado na divulgação do programa da Quaresma e Semana Santa. Porque ele se destina a todos quantos queiram celebrar e viver convenientemente esta quadra cristã, e ultrapassa em muito os momentos aqui evocados, como poderão comprovar pelo material distribuído, e na página oficial desta comissão (semanasantabraga.com), com uma plêiade de propostas culturais, procissões e celebrações do tríduo pascal.


Informação complementar pode ser encontrada neste sítio.

1ª reunião de entidades da Associação da “Rede Europeia das celebrações da Semana Santa e Páscoa” já aconteceu

Realizou-se na localidade de Cabra (Andaluzia, Espanha), a primeira reunião da futura associação que pretende candidatar celebrações de Semana Santa e Páscoa de toda a Europa a um Itinerário Cultural, do Conselho da Europa.

 

Diversas entidades de cinco países europeus (Espanha, Malta, Itália, Eslovénia e Portugal, representado unicamente pela Comissão da Semana Santa de Braga), reuniram-se em Cabra, na Andaluzia espanhola, no passado dia 12 de setembro, numa primeira Assembleia Geral, para discutir formas de concretização e formalização da futura Associação que terá como único objectivo a candidatura das diferentes Semana Santas e Páscoas das entidades presentes e futuras a um Itinerário Cultural, projeto do Conselho da Europa.

 

Foram debatidas na ocasião as acções já levadas a cabo (como o “I Fórum Europeu de cerimónias da Semana Santa e Páscoa”, e que tinha ocorrido precisamente no dia anterior, dia 11 de setembro, em Lucena, Espanha); o Plano de Acção 2018-2019; e a constituição dos Comités Técnico e Científico. A reunião serviu ainda para lançar o desafio a todas as entidades presentes a se constituirem como membros fundadores da Associação que pretende promover a candidatura, desafio que a Comissão da Semana Santa de Braga pondera aceitar.

 

Sobre os Itinerários Culturais do Conselho da Europa

O programa Itinerários Culturais do Conselho da Europa foi lançado em 1987 pelo Conselho da Europa com a finalidade de demonstrar, através da viagem no espaço e no tempo, como o património cultural da Europa se desenvolve através das fronteiras.

 

Um itinerário cultural europeu é uma rota que abarca países e regiões e
que se organiza em torno de um tema cuja história, interesse artístico e cultural é claramente europeu, seja pela sua localização geográfica ou pelo seu conteúdo e significado.

 

Sobre a futura associação da “Rede Europeia de Celebrações da Semana Santa de Páscoa”

A rede europeia das Semanas Santas e celebrações da Páscoa serão formadas como uma associação cultural internacional, aberta a todas as religiões e crenças que comemoram a paixão e ressurreição de Jesus Cristo, e cuja património cultural é um ponto de referência nas suas respetivas regiões e/ou países.

 

A Associação pretende congregar esforços e aproveitar sinergias na consolidação de um modelo de conservação e difusão do património da Semana Santa e Páscoa, ao mesmo tempo que promove estas expressões, dos diferentes membros e áreas geográficas envolvidas, como destinos turísticos de qualidade.

 

Espera-se que a Comissão da Quaresma e Celebrações da Semana Santa de Braga venha a reunir condições para integrar esta Associação.

 

Razões da candidatura

Este projeto de Itinerário Cultural é uma formidável oportunidade e uma plataforma para disseminar e dar a conhecer o património relacionado com as celebrações da Semana Santa e Páscoa (onde Braga estará inserida), conferindo-lhe visibilidade a nível europeu e inclusivamente mundial.

 

A candidatura será preparada com a participação de todos os membros, que inclusivé custearão a sua elaboração, e que deverá ter um mínimo de cinco países membros, para ser admitida ao Conselho da Europa.

Semana Santa de Braga pode vir a integrar uma futura Rota Europeia de celebrações de Semana Santa e Páscoa

A Comissão da Semana Santa de Braga participa, dias 11 e 12 de setembro, no I Fórum Europeu de cerimónias da Semana Santa e Páscoa, em Lucena, Espanha.

 

O encontro é promovido pela entidade “Caminos de Pasión”, sedeada em Osuna (Sevilha), e pretende congregar esforços das várias entidades presentes no Forum, de modo a lançar as bases para uma candidatura a um futuro Itinerário Cultural, projeto do Conselho da Europa.

 

O programa Itinerários Culturais do Conselho da Europa foi lançado em 1987 pelo Conselho da Europa com a finalidade de demonstrar, através da viagem no espaço e no tempo, como o património cultural da Europa se desenvolve através das fronteiras.

 

A rede europeia das Semanas Santas e celebrações da Páscoa serão formadas como uma associação cultural internacional, aberta a todas as religiões e crenças que comemoram a paixão e ressurreição de Jesus Cristo e cuja património cultural é um ponto de referência nas suas respetivas regiões e/ou países.

 

Neste Forum estão previstas as presenças de países como Itália, Malta, Eslovénia e Espanha. Portugal é representado exclusivamente pela Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga.

Semana Santa de Braga tem novo presidente

A Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga tem um novo presidente, o Reverendo Cónego Avelino Marques Amorim. O novo representante máximo deste organismo – que aliás integrava já a Comissão – sucede ao Rev. Cónego Luis Miguel Figueiredo Rodrigues, que deixa o lugar por impossibilidade de harmonizar com o cargo, assumido recentemente, de Diretor Adjunto da Faculdade de Teologia, da Universidade Católica Portuguesa.

 

Biografia do Cónego Avelino Amorim
Nascido em França a 24.03.73, ordenado presbítero a 21.07.1997. Pároco em comunidades de Amares e Terras de Bouro (1997-2007). Director do Seminário de Nossa Senhora da Conceição e do Departamento para a Pastoral Vocacional (2007-2016). Atualmente, pároco de Gualtar e responsável pelo Departamento Arquidiocesano da Pastoral de Jovens. Membro do Cabido Metropolitano e Primacial de Braga desde 05/01/2014.

Premiados da 10ª edição do Conc. Foto. “A Semana Santa de Braga”

Foi no dia 20 de abril, pelas 21h30, na loja FNAC do shopping Braga Parque, de Braga, que ocorreu o anúncio dos premiados e respetiva entrega de prémios da 10ª edição do Concurso de Fotografia subordinado ao tema “A Semana Santa de Braga”.

 

Sobre a iniciativa
Esta é uma iniciativa da Comissão da Semana Santa de Braga, com o apoio à divulgação da entidade regional de turismo do Porto e Norte de Portugal e da loja FNAC de Braga, como media partner o jornal “Diário do Minho”, e com o patrocínio exclusivo da prestigiada marca Canon e que visa sensibilizar todos os amantes da fotografia para o tema em particular, e em geral para esta época tão especial da cidade de Braga, bem assim como estimular e difundir a criatividade na arte da fotografia.

 

Sobre a edição e resultados deste ano
Embora a participação tenha diminuído este ano (recorda-se que a meteorologia não ajudou, inclusive obrigando à supressão de uma das procissões, evento que atrai, inevitavelmente, muitos fotógrafos deste Concurso), a qualidade das fotos a concurso, de um modo geral, e aliás como habitual, foi elevada e de excelente qualidade. Tanto assim é que o júri do concurso, após sucessivas rondas de eliminação, ficou com uma shortlist que gerou grande discussão e dificuldade na escolha final.

 

O concurso continua a despertar grande interesse e tem adeptos fiéis que, ano após ano, continuam a apostar e a acreditar nesta iniciativa. Há concorrentes que já foram premiados em edições anteriores, mas a maior parte são novos contemplados, apesar de concorrentes, alguns deles, em edições anteriores. A organização considera que a participação continuada de alguns dos concorrentes é um claro sintoma da credibilidade e confiança que a iniciativa detém junto dos potenciais interessados. Por outro lado, também considera que o crescente número de novos participantes é sintomático de que, apesar dos dez anos de existência, a iniciativa continua a ser relevante e a despertar interesse.

 

A diversidade de participação é também um aspeto a destacar com participantes de todas as idades (dos 18 aos 70 anos) e das mais variadas localidades do país (mas também do país vizinho).

 

Podemos adiantar ainda alguns dados estatísticos desta edição:
• 161 pessoas com inscrição validada
• 92 concorrentes
• 517 fotos a concurso
• 22 fotos premiadas
• Média de idades: 45 anos
• Participantes masculinos: 68 (74%)
• Participantes femininos: 24 (26%)

 

O júri foi composto pelas seguintes personalidades:
• Presidente: Hugo Delgado
• Representante da Comissão: José Alberto de Sousa Ribeiro
• Representante da Canon: António Coelho
• Representante do Diário do Minho: Luis Carlos Lopes Fonseca
• José Manuel Bacelar, convidado

 

O júri atribuiu os principais prémios aos seguintes concorrentes:
1º prémio: José Rodrigo de Carvalho Faria Lima, 44 anos, de Braga
EOS 77D C/ 18-135 IS Pack (no valor de 1.249€) + assinatura digital anual do Diário do Minho (no valor de 60€)


2º prémio:
Luís Vilaça, 27 anos, de Braga
EOS M50 BLK 15-45 IS STM (no valor de 749€) + assinatura digital anual do Diário do Minho (no valor de 60€)


3º prémio
: Nuno Miguel da Silva Sampaio, 40 anos, de Braga
EOS 2000D 18-55 IS II (no valor de 539€) + assinatura digital anual do Diário do Minho (no valor de 60€)

 

Também todas as 10 Menções Honrosas previstas no Regulamento foram atribuídas a:
André Rodrigues, 37 anos, de Braga
António Alves Tedim, 67 anos, de Moreira da Maia
António Costa Pinto, 70 anos, de Condeixa-a-Nova
Bruno Ismael da Silva Alves, 42 anos, do Póvoa de Lanhoso
João Miguel Gomes Silva, 26 anos, de Braga
Jorge Manuel Rocha Pimenta, 49 anos, de Braga
José Pedro Martins, 57 anos, de Vila do Conde
Luís Braga Simões, 54 anos, de Braga
Silvino Jorge Rodrigues, 49 anos, de Braga
Sofia Carolina Rodrigues Brandão Bahia, 24 anos, de Braga

Para todas as Menções Honrosas: Assinatura digital anual do Diário do Minho (no valor de 60€)

Todos os premiados recebem ainda um Certificado de Participação.

 

As fotos premiadas estão disponíveis no sítio oficial da Semana Santa, neste link.

 

A quase totalidade dos prémios e certificados foi entregue na ocasião. Para os não presentes, informa-se que estes estão disponíveis para levantamento mediante apresentação do BI ou Cartão de Cidadão, até ao dia 30 de junho, ao balcão da FNAC de Braga.

 

A assinatura digital do Diário do Minho será disponibilizada, via email, diretamente pelo Diário do Minho.

 

Para além dos premiados, todos os concorrentes que manifestarem vontade de obter um Certificado de Participação, devem informar a organização, que o remeterá via email ou em papel (para levantamento na Sé Catedral de Braga). Todos os pedidos serão atendidos no máximo até ao dia 4 de maio. Os Certificados serão disponibilizados, de uma só vez, no dia 11 de maio.

 

Todos os trabalhos premiados (um total de 22 fotos) serão alvo de exposição, esta inserida no programa cultural da Semana Santa de Braga de 2019.

 

A organização endereça os votos de parabéns a todos os premiados e, em geral, a todos quantos se inscreveram e submeteram fotos ao concurso.

 

Quaresma «TESTEMUNHOS» / Manuel Pereira

O Diário do Minho, em colaboração com a Comissão da Semana Santa de Braga, inicia hoje a publicação de uma série de testemunhos de figurantes sobre a sua participação nas procissões. O objetivo é envolver a comunidade bracarense nos eventos previstos no programa.

 

Manuel Pereira acompanha as procissões da Semana Santa desde há aproximadamente 40 anos. Confessa-se um católico «fervoroso». «Desde que vim para Braga, já lá vão 40 anos, venho a todas as procissões da Semana Santa», afirma, com orgulho.

 

Manuel Pereira, 70 anos de idade, aposentado, não entra nestes cortejos religiosos como figurado, mas é como se isso acontecesse, pois diz que quando segue as procissões tem o seu pensamento focado em figuras bíblicas.

 

A residir em Maximinos, este cristão «fervoroso», natural de Resende, tem participado nas procissões acompanhado de um dos filhos, portador de deficiência, que faz questão de assistir aos cortejos religiosos que procuram representar a Paixão e Morte de Jesus Cristo.

 

«À noite já me custa vir, mas venho por ele. Ficamos à beira do quartel dos Bombeiros que nos emprestam uma cadeira», refere. Por vezes, conta ainda com a companhia de uma filha e de uma neta.

 

E o que leva verdadeiramente Manuel a viver as solenidades da Semana Santa? «É a fé. A fé move montanhas! Gosto muito de ouvir relatar o sofrimento do Senhor. Ele aguentou por nós e nós não aguentamos nada por Ele. Viu-se sozinho para se defender até chegar ao Calvário aonde foi crucificado para nossa salvação», afirma.

 

O Sermão do Encontro é um dos momentos que mais aprecia. «Adoro ouvir este sermão porque emociona, só não toca a quem não acompanha a realidade», acrescenta.

 

A Trasladação da imagem do Senhor dos Passos e Via -Sacra, na véspera de Domingo de Ramos, as procissões de Ramos e dos Passos, o cortejo bílico “Vós Sereis o Meu Povo”, e as procissões do “Ecce Homo” e do Enterro do Senhor” são celebrações que Manuel Pereira nunca perde.

 

Todos os anos no Domingo de Ramos faz também questão de levar um raminho de oliveira benzido para casa. Por trás deste hábito há uma crença antiga: «Os meus pais diziam-me sempre que é bom ter em casa um ramo de oliveira benzindo por causa das trovoadas».

 

Na opinião deste septuagenário, as procissões da Semana Santa «têm melhorado» ao longo dos tempos, sobretudo em termos de organização e apresentação. Contudo, nota que, por vezes, era necessário «mais respeito» durante a passagem destes cortejos.

[Fonte: Diário do Minho]

Quaresma «TESTEMUNHOS» / João Salvador

O Diário do Minho, em colaboração com a Comissão da Semana Santa de Braga, inicia hoje a publicação de uma série de testemunhos de figurantes sobre a sua participação nas procissões. O objetivo é envolver a comunidade bracarense nos eventos previstos no programa.

 

Apesar de contar apenas 13 anos, João Salvador não é um novato nas procissões da Semana Santa de Braga. Este adolescente bracararense participa nestes cortejos religiosos da Semana Santa há uma década. «Comecei com três anos e, a partir daí, continuei sempre a entrar nas procissões», refere.

 

João Salvador já integrou as procissões de Ramos, dos Passos, do Ecce Homo (Quinta-feira Santa) e do Enterro do Senhor (Sexta-feira Santa) e confessa que tem particular preferência por estas duas últimas pelo seu simbolismo e também por se realizarem à noite.

 

Nos primeiros anos representava a figura de príncipe, depois passou a fazer de judeu. Agora participa integrado no agrupamento de Escuteiros.

 

João aprecia «bastante» o ambiente que se vive nas procissões e já antes de as integrar acompanhava estes cortejos religiosos, a partir da janela de casa.

 

A tradição e o respeito ao avô são dois factores que o levam todos os anos a viver estas manifestações de fé, que atraem à cidade de Braga na Semana Maior milhares de pessoas vinda de vários pontos do país e também do estrangeiro.

 

João mora na freguesia da Sé e diz que quase toda a gente desta parte da cidade de Braga acompanha as procissões que antecedem a Páscoa.

 

Alguns dos seus amigos também apreciam os cortejos religiosos da Semana Santa, os quais, realça, têm vindo a «evoluir pela positiva».

 

«A organização está melhor, há mais cuidado. Muitas vezes metiam-se os figurados à ultima hora, um pouco à sorte, agora é dado um número a cada um e é mais fácil de organizar», considera.
João realça ainda as melhorias introduzidas nas procissões nos últimos anos como, por exemplo, o novo andor da Irmandade de Santa Cruz, o ano passado.

 

Quanto ao público que acompanha as procissões, João Salvador afirma que também neste aspeto tem havido uma evolução positiva, nomeadamente de comportamento. «Já não se houve tanto barulho, nem vemos as pessoas a falar umas com as outras. Também já não se vê as pessoas a atravessar as procissões, há mais respeito», sintetiza.

 

 

 

[Fonte: Diário do Minho]

Quando Fé significa Cultura e Economia

As solenidades da Semana Santa de Braga afirmam-se hodiernamente como um momento determinante da vida coletiva bracarense. É um facto que a memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo já seria anualmente replicada, de formas mais ou menos clarividentes, desde que o Cristianismo se enraizou na cidade. No entanto, a afirmação como principal produto turístico, ou seja, gerador de um impacto económico assinalável, é conquista recente e observou um percurso iniciado em 1933. Apesar de se tratar de um conjunto de práticas e manifestações de âmbito religioso, os seus atores não se cingem a esse universo, mas abordam todos os setores da sociedade. Quando a Fé significa Cultura e Economia, aquela muralha edificada após a revolução francesa é assolada e o contributo que a Igreja oferece à sociedade laica e livre evidencia-se.

 


Renovar os horizontes de cultura

A relação da Igreja com a Cultura foi um dos principais debates da terceira sessão do Concílio Vaticano II. De que forma poderia a Igreja quebrar ou limitar a linha imaginária que as sociedades deixaram adensar-se entre o que consideram ser de natureza religiosa e, por conseguinte, de âmbito privado, e aquilo que é efetivamente público? Esta barreira em alguns contextos tinha-se tornado impeditiva da presença e ação da Igreja Católica, fomentando o divórcio inaugurado na era das luzes.

 

As orientações conciliares foram sinónimo de uma nova atitude perante a sociedade, com efeitos aferíveis até aos nossos dias. O Conselho Pontifício para a Cultura, estrutura criada em 1982 precisamente com o objetivo de fomentar este diálogo, haveria de emanar um documento intitulado “Para uma Pastoral da Cultura” no qual se procura orientar a relação da Igreja com os setores da sociedade onde é mais evidente esta afinidade. No entender do citado manifesto, a cultura «é tão natural ao homem, que a sua natureza não tem nenhum aspecto que não se manifeste na sua cultura» . Este entendimento alargado do conceito de cultura, obviamente que integra a dimensão religiosa, presente num incomensurável rol de ações promovidas pelo ser humano.

 

O Património Cultural, imóvel, móvel e imaterial, é um dos âmbitos mais óbvios onde a Igreja se cruza com as comunidades humanas. Na cidade de Braga, além da sua fisionomia, marcada pelas edificações monumentais que a Igreja foi legando ao longo das eras, também as práticas e manifestações comunitárias são dominadas por esta vinculação histórica. Neste aspeto, a Semana Santa é o mais visível traço intangível que perpassou para o quotidiano da comunidade bracarense.

 

Neste âmbito, entende-se que a religião «é também memória e tradição, e a piedade popular continua a ser uma das maiores expressões de uma inculturação da fé», pois nela se harmonizam «a fé e a liturgia, o sentimento e as artes, e se fortalece a consciência de sua própria identidade nas tradições locais» . No mesmo documento se refere que, no âmbito do desenvolvimento do tempo livre e do turismo religioso, algumas iniciativas permitem «salvaguardar, restaurar e valorizar o património cultural religioso existente» . A Semana Santa de Braga foi-se afirmando como um dos mais imediatos exemplos desta necessária vinculação entre a Fé e a Cultura.

 

Primeiros indícios de mobilização

Não se pense, no entanto, que a mobilização de pessoas promovida no âmbito da Semana Santa de Braga tem o seu advento apenas quando se começou a pensar este conjunto de ações em termos turísticos. Bem antes de 1933 já as principais procissões que hoje integram o programa da Semana Santa apresentavam uma crescente capacidade de atração de “forasteiros”.

 

Recordemos a sexta-feira Santa de 1803 quando, por ocasião da representação do auto do Descimento da Cruz, que episodicamente era organizado pela Irmandade de Santa Cruz, se juntou uma imensa multidão na atual Avenida Central. Segundo um testemunho coevo, «comcorreo aqui muita gente de fora de longe, e famílias nobres, e se emcheo todo o dito Campo e janellas de gente», julgando-se «serem mais de quarenta mil pessoas» . Segundo o mesmo testemunho, chegaram a ser requisitados «soldados de Vianna para sentinelas».

 

Também a Procissão dos Passos, que não se realizava ainda enquadrada com a Semana Santa, mas no antigo domingo da Paixão, arrastava «milhares de pessoas» vindas «das aldeias circunvizinhas, e do Porto» . Segundo um periódico da época, trata-se mesmo do «mais apparatoso e sentimental que aqui se faz» . Esta popularidade devia-se também ao desfile de penitentes e disciplinantes que, até 1876, costumavam acompanhar aos milhares esta procissão. O grotesco espetáculo de sangue e sofrimento sobrepunha-se, muitas vezes, à dimensão sagrada que era sublinhada nos cerimoniais organizados na cidade de Braga.

 

Também a Procissão do Senhor Ecce Homo detinha um peculiar aliciante, que a tornou alvo de deslocações de pessoas, particularmente na primeira metade do século XIX. A ronda dos “fogaréus”, hoje denominados de farricocos, criava um ambiente de devassa pública, com acusações e incriminações dirigidas às pessoas que assistiam, responsável por uma especial mobilização.

 

 

O Ano Santo de 1933: mudança de paradigma

Foi efetivamente no ano de 1933 que o paradigma da Semana Santa de Braga começou a alterar-se. Nesse ano, o Papa Pio XI convocou um Jubileu extraordinário para comemorar os 1900 anos da morte de Cristo. Conhecido como Ano Santo da Redenção, este jubileu decorreria entre o Domingo de Ramos de 1933 e a Páscoa do ano seguinte. Acabado de assumir a missão de Arcebispo Primaz, D. António Bento Martins Júnior pretendeu assinalar de forma impactante a abertura deste especial momento, que sucederia na Semana Santa desse ano.

 

O espírito de iniciativa do prelado haveria de conduzi-lo à criação da primeira Comissão da Semana Santa de Braga. No dia 25 de março desse ano realizar-se-ia a primeira reunião desta comissão, na qual foram estudadas “as providências necessárias para garantir a completa e perfeita execução do programa das solenidades” . Este grupo era constituído pelos cónegos Novais e Sousa e Manuel de Aguiar Barreiros, o Arcipreste de Braga juntamente com os Párocos da Cidade, os mestres-de-cerimónias Padre Miranda Oliveira e Padre Gomes de Almeida, os mestres de música sacra Padre Domingos Correia e Padre Alberto Braz, os capelães de Santa Cruz e da Misericórdia, e ainda os diretores do Colégio dos Órfãos e da Oficina de S. José . Tratou-se de um momento relevante no percurso histórico da Semana Santa de Braga.

 

Esta comissão, além de unificar a programação levada a efeito no âmbito da Semana Santa de Braga, propôs-se integrar uma nova procissão no programa das solenidades, que seria o resultado visível deste labor coletivo. A Procissão do Enterro do Senhor, prática que se popularizara em muitas localidades portuguesas e que curiosamente já se realizara na cidade de Braga – embora sem regularidade – nos séculos XVII e XVIII, seria organizada na noite de Sexta-feira Santa. Foi tão pródigo o seu arranque que rapidamente se tornou no cerimonial mais participado das solenidades.
Além da Procissão do Enterro do Senhor, no qual tomavam parte as entidades chamadas à comissão, foi editado e compilado, pela primeira vez, um único programa da Semana Santa, integrando-se as ações realizadas pelo Cabido na Sé Primaz, as procissões e outras práticas devocionais promovidas pelas Irmandades de Santa Cruz e da Misericórdia, bem como a Festa de Nossa Senhora das Dores nos Congregados, entre outras iniciativas. No ano seguinte a Procissão dos Passos deslocar-se-ia do quinto Domingo da Quaresma para o Domingo de Ramos, assim se mantendo até aos nossos dias. A formalização de uma Comissão da Semana Santa veio fomentar um trabalho coordenado que consolidou e inaugurou dinâmicas, além de possibilitar a afirmação e mediatização do evento.

 

 

Anos mais tarde, o Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo haveria de olhar para a Semana Santa de Braga como um momento fulcral para a estratégia turística da cidade, onde há várias décadas prontificava apenas as Festas de São João. Os cartazes de 1950 e 1965 foram idealizados por esta estrutura estatal e em 1960 a Procissão da Senhora das Angústias passaria a integrar o programa na noite de sábado Santo, na sequência de uma série de reuniões mantidas com a edilidade. 

 

Uma programação suplementar

Se os principais cerimoniais eminentemente religiosos detinham, por via do seu enraizamento comunitário, uma vitalidade assinalável, foi sendo criado o imperativo de oferecer um programa complementar de âmbito cultural. Logo no ano de arranque da Comissão da Semana Santa, em 1933, às cerimónias religiosas acresceria um “sarau de arte” executado pelo Orfeão Lusitano, sob direção artística de Afonso Valentim, traria ao palco do Theatro Circo na noite de Sábado Santo a peça “La agonia del Redentore”. Além disso, um concurso das capelas dos Passos tentaria mobilizar os habitantes de Braga para a ornamentação e ações de culto junto a cada um dos sete altares existentes no casco urbano. Nas décadas seguintes esta programação suplementar seria incrementada. Conferências, exposições, concertos, concursos e encenações obteriam um lugar na programação anunciada.

 

Os concertos ainda hoje ocupam um lugar fundamental na programação. O Theatro Circo chegou a ser palco para alguns deles, mas também a Igreja do Seminário e o Salão Medieval chegaram a deter espaço na programação. Inesquecível foi o concerto de música sacra preparado afincadamente pelo Padre Manuel Faria em 1949, no entanto até os monges de Singeverga chegaram a atuar no âmbito das solenidades bracarenses em 1947. A Sé Primaz é o palco inevitável de alguns dos concertos anualmente apresentados, secundado pelos templos das Irmandades de Santa Cruz e Misericórdia e, ainda, S. Victor, que tem desenvolvido um significativo conjunto de ações culturais relacionadas com a Procissão da Burrinha.

 

O Salão Recreativo Bracarense, depois Cinema São Geraldo, também chegou a ser palco de conferência e sessões de cinema com temática hagiográfica, como aquela de 1934 em que o Padre Magalhães Costa abordaria o Santo Sudário. Paulo Durão, José Pereira Borges, José de Almeida Correia, D. António Coelho e até Vitorino Nemésio orientaram algumas das conferências que costumavam suceder na segunda ou terça-feira santa.

 

No âmbito eminentemente cultural também o cinema foi ocupando espaço. Em 1952 o Theatro Circo acolheria o filme “A vida de Santa Margarida de Cortona” e em 1955 “A Paixão segundo S. Mateus”. Foram, no entanto, as exposições um dos âmbitos que crescentemente almejou dimensão, sendo hoje um dos aspetos mais sublinhados da programação paralela às procissões. Artes plásticas, mostras histórico-documentais, fotografia ou arte sacra são as versões mais recorrentes.

 

A popularização dos atos que compõem o programa das solenidades da Semana Santa é evidentemente dominado pelas procissões, os momentos mais esperados e que apresentam o mais significativo índice de atratividade. No entanto, os atos culturais – apesar de considerarmos que as procissões também são ações de âmbito cultural – afirmam-se como um suplemento de enorme valia para uma vivência mais plena deste especial momento da comunidade bracarense.

 

 


Rui Ferreira, 22 de março de 2018

 

 

[Fonte: Suplemento “Igreja Viva”, 22/03/2018, Diário do Minho]

Alteração do percurso das Procissões em Braga e outras novidades

A Comissão da Semana Santa de Braga informa que três das procissões deste ano sofrem alterações ao percurso. De facto, à exceção do Cortejo Bíblico “Vós sereis o Meu povo” (procissão da “burrinha”) – que mantém o mesmo exato percurso dos anos anteriores – a Procissão dos Passos, a Procissão do «Ecce Homo» e a Procissão do Enterro sofrem uma alteração em parte do percurso. 

 

Em resumo, são os seguintes os trajetos de cada uma destas procissões:

 

Itinerário da Procissão dos Passos
Segue o itinerário dos «Passos» ou «Calvários»: igreja do Seminário > Largo de Paulo Orósio > Rua do Alcaide > Campo de Santiago > Rua do Anjo > Largo Carlos Amarante (contornando-o) > SERMÃO DO ENCONTRO > Largo de S. João do Souto > Rua D. Afonso Henriques > Campo das Carvalheiras > Rua D. Paio Mendes > Rua D. Frei Caetano Brandão > Rua D. Diogo de Sousa > Rua da Misericórdia > Rua Eça de Queirós > Rua Dr. Justino Cruz > Rua do Souto > Largo do Barão de S. Martinho e Rua de S. Marcos, recolhendo à igreja de Santa Cruz.

 

 

 

Itinerário da Procissão do Senhor «Ecce Homo»
Igreja da Misericórdia > Rua D. Diogo de Sousa > Rua D. Frei Caetano Brandão > Rua D. Paio Mendes > Rua D. Gonçalo Pereira > Largo de S. Paulo > Largo de Paulo Orósio > Rua do Alcaide > Campo de Santiago > Rua do Anjo > Rua de S. Marcos > Largo Barão de S. Martinho > Rua do Souto > Rua Dr. Justino Cruz > Rua Eça de Queirós > Praça Municipal > Rua da Misericórdia > Igreja da Misericórdia

 

 

 

Itinerário da Procissão do Enterro
Sé > Rua D. Gonçalo Pereira > Largo de S. Paulo > Largo de Paulo Orósio > Rua do Alcaide > Campo de Santiago > Rua do Anjo > Rua de S. Marcos > Largo Barão de S. Martinho > Rua do
Souto > Rua Dr. Justino Cruz > Rua Eça de Queirós > Praça Municipal > Rua da Misericórdia > Rua D. Diogo de Sousa > Rua D. Frei Caetano Brandão > Rua D. Paio Mendes > Sé

 

 

A necessidade de alteração do percurso destas procissões prende-se com razões de segurança (excesso de pessoas no desaguar da procissão do «Ecce Homo»), e para estender o percurso, dada a cada vez maior afluência de pessoas que assistem às procissões.

 

Um aviso e duas novidades

 

A Comissão informa ainda que, aliás a exemplo do ano transato, vai criar um espaço destinado exclusivamente a pessoas com mobilidade reduzida, e em geral a pessoas idosas, no Largo Paulo Orósio, mesmo em frente dos Bombeiros Voluntários, para estas pessoas poderem assistir mais confortavelmente à passagem das procissões.

 

Este ano, e retomando uma tradição da década de trinta do século passado, na sexta-feira Santa, e em todo o percurso da Procissão do Enterro, a iluminação pública será velada com véus pretos, ajudando a criar uma atmosfera de acordo com a solenidade da procissão.

 

Por último, informa ainda que alguns dos mais emblemáticos edifícios da cidade estarão iluminados na cor roxa, cor que está ligada ao imaginário da quadra que atravessamos, e que pretende criar toda uma atmosfera de envolvimento na quadra que se atravessa.